Um casal e sua sobrinha sofreram queimaduras pelo corpo ao utilizarem álcool para cozinhar devido à falta de gás. O preço médio do botijão de gás tem girado em torno de 100 reais, um verdadeiro absurdo.
sexta-feira 3 de setembro de 2021 | Edição do dia
Foto: Arquivo pessoal/Benta Correa
A família, moradora de Anápolis, estava finalizando um almoço familiar quando Benta Maciel colocou fogo em um pedaço de papel para acender o fogão improvisado. Neste momento, a garrafa de álcool que estava na mão de seu marido, Israel Rosa, explodiu, e o fogo rapidamente se espalhou pelos cabelos e corpos de ambos, além de também pegar em uma sobrinha de 10 anos que passava perto.
O caso aconteceu no início de agosto e, felizmente, as queimaduras da criança foram mais leves, porém o casal passou 20 dias internados no Hospital de Queimaduras de Anápolis. Hoje ambos seguem em tratamento domiciliar como pomadas bastante caras, as quais o casal tem tido dificuldade para adquirir, já que Benta é trabalhadora doméstica e Israel é entregador, e os dois estão impossibilitados de trabalhar neste momento.
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Situações como esta têm sido corriqueiras, são diversos casos de incêndios domésticos desde o início do ano. A incidência destes acidentes aumenta na mesma proporção em que se aprofunda a crise e aumenta o preço do gás e dos combustíveis, sendo que o valor do botijão sofreu novo reajuste de 7% neste início de setembro. Em muitos lugares, o valor do botijão já ultrapassa R$100, o que corresponde a quase 10% do salário mínimo. Diante desta situação, as famílias acabam improvisando as formas de garantir o cozimento das refeições, utilizando muitas vezes produtos facilmente inflamáveis como o álcool 70º.
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