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Educação | Bolsonaro anuncia ampliação de escolas cívico-militares em discurso com ataques a educação

Em solenidade no Palácio do Planalto para anunciar o plano de abertura de novas escolas cívico-militares, Bolsonaro fez diversos ataques aos profissionais da educação e defendeu que deveria intervir no Enem.

quarta-feira 24 de novembro de 2021 | Edição do dia

(Foto: Reprodução Redes Sociais)

A solenidade ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença de ministros como Milton Ribeiro e o general Heleno, além do senador Fernando Collor (PROS). O evento marcava a certificação de 43 novas escolas cívico-militares.

O ministro da educação, Milton Ribeiro, anunciou que o governo pretender completar 216 escolas cívico-militares ainda em 2022, adiantando o plano inicial, que previa este número apenas em 2023.

Em seu discurso, o presidente Jair Bolsonaro atacou os professores, culpando-os pelo atual estado da educação, dizendo que "queriam apenas militar" e que não existe "aula de física, química ou matemática" nas escolas de hoje. Ele também defendeu as escolas cívico-militares, que na realidade representam uma maior ingerência das Forças Armadas e um retrocesso na educação.

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Bolsonaro também afirmou que não interferiu no Enem, mas que deseja interferir. Ele disse que, caso isto acontecesse, "seria muito claro" e que seu plano seria incluir questões como quem foi o primeiro presidente da Ditadura Militar ou qual foi a data do golpe de estado de 1964.

O presidente demonstra, assim, que se sente ameaçado por qualquer tipo de pensamento crítico na educação, que ele busca destruir com a ajuda dos militares. Isto reforça o papel que a luta dos profissionais da educação pode ter para enfrentar Bolsonaro, mas também os ataques de outros atores do regime, como ocorreu em São Paulo com a luta contra o Sampaprev 2.




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