Em conversa com apoiadores nos jardins do Palácio da Alvorada, Bolsonaro reivindicou o agronegócio, que supostamente teria garantido a alimentação da população brasileira durante a pandemia, e atacou quem fez isolamento social, uma possibilidade que foi negada a grande maioria da população brasileira.
segunda-feira 17 de maio de 2021 | Edição do dia
(Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)
Em sua fala, Bolsonaro disse que "o agro não parou" e que, se não fosse isso, os "idiotas aí, o fique em casa" teria morrido de fome. A grande maioria dos trabalhadores brasileiros não tiveram a opção de ficar em casa, que foi negada por Bolsonaro, pelos governadores e pelos grandes empresários, que os obrigaram a se aglomerar em transportes lotados e se expor ao Covid.
Ficar em casa foi uma maneira encontrada por algumas pessoas, especialmente os idosos, para buscar se proteger contra o vírus, dado que os governos não garantiram vacinas, testes e nem mesmo leitos de UTI para enfrentar a pandemia.
Bolsonaro ataca essas pessoas para defender seus aliados do agronegócio, que, ao contrário do que diz o presidente, nem sequer alimentam a população, pois a maior parte da comida consumida no Brasil vem da agricultura familiar e de pequenos proprietários.
