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Garimpo ilegal | Brasil de Bolsonaro: Base da Funai no Javari é invadida por grupo armado do garimpo

No último dia 16 (sábado), um grupo de homens armados a serviço de garimpeiros invadiu a sede da FUNAI, na Terra Indígena do Vale do Javari, na base de proteção do rio Jandiatuba, no Amazonas. Mais um crime a serviço do garimpo e dos lucros de grandes empresas, esse setor que aterroriza a vida de povos indígenas. O Estado é responsável!

quarta-feira 20 de julho de 2022 | Edição do dia

Vale do Javari

O relato da invasão consta em ofício interno da FUNAI e as informações são da Folha e da ONG Univaja, nele há a denúncia de grupos paramilitares na região. Segundo o documento: “O grupo armado atua junto às balsas garimpeiras de extração de ouro, que atuam em várias localidades ao longo desse rio”, e que nos últimos cinco anos houve o "recrudescimento das atividades garimpeiras ao longo do leito do Jandiatuba, inclusive com o envolvimento de grupos paramilitares fortemente armados”.

Um mês após o assassinato político de Dom e Bruno, esse é mais um ataque que vai pra lista de ataques do garimpo na região da Amazônia Legal, como o criminoso ataque aos povos Yanomami, que a mais de um ano vem sofrendo com o ataque do garimpo, ameaças, invasões, estupros e mortes de crianças e adultos. Uma barbárie que data de anos na verdade. O garimpo ilegal já destruiu esse asno amis de 3 mil hectares , 44% a mais que em dezembro de 2020, esses criminosos seguem impunes.

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Bolsonaro, militares e ruralistas têm as mãos sujas com o sangue de Dom e Bruno

Esse ataque se soma as atrocidades do garimpo em prol do lucro de empresas brasileiras e europeias que precisam ser enfrentados na luta de classes. Os sindicatos e entidades estudantis devem organizar a solidariedade aos trabalhadores da FUNAI e pautar medidas de apoio à sua segurança no Vale do Javari.

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A política de Bolsonaro, congresso, militares, STF e direita articula mais ataques contra os indígenas, ou os que defendem-os de diversas formas como os servidores da FUNAI, ou Dom e Bruno. Não serão as instituições desse Estado, que é responsável, como o STF ou o Congresso, que poderão responder a esses ataques, só uma investigação independente , conformada pelos sindicatos, trabalhadores, indígenas e demais movimentos sociais, poderá de fato julgar essa barbárie. O Estado deve garantir todas as condições de segurança para uma investigação como essa.

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O caminho para impor essa e outras demandas dos povos indígenas, trabalhadores e setores oprimidos é através da auto-organização e dos métodos de luta dos trabalhadores.




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