×

Violência policial RJ | Cacau: "Castro e a PM racista têm as mãos sujas de sangue negro pela morte de mais um trabalhador na Cidade de Deus"

Reproduzimos aqui a declaração de Carolina Cacau, dirigente do MRT no Rio de Janeiro e do coletivo Quilombo Vermelho - Luta Negra Anticapitalista, sobre o assassinato do trabalhador Dierson Gomes da Silva nesta semana pelas mãos da polícia militar na Cidade de Deus.

sexta-feira 6 de janeiro de 2023 | Edição do dia

“O ano mal começou com o governador Cláudio Castro reeleito e a polícia assassina que mais mata no mundo já manchou de sangue negro as ruas da Cidade de Deus. Sangue negro de Dierson Gomes da Silva, trabalhador honesto, catador de materiais recicláveis depois de sofrer com as adversidades que a crise veio impondo a milhões de brasileiros.

Castro e a PM racista têm as mãos sujas de sangue negro pela morte de mais um trabalhador na Cidade de Deus! Dierson foi atingido pela polícia militar do Rio de Janeiro depois de terem confundido um pedaço de madeira que ele tinha no quintal da sua casa com um fuzil, absurdo! Basta da polícia entrarem em nossas casas, tirarem a vida de milhares de jovens, crianças e trabalhadores, em sua maioria negras e negros, em operações violentas racistas nas favelas e bairros pobres da periferia.

Foi nesse governo de Castro que aconteceram mais de 40 chacinas, ocupando primeiro lugar nas estatísticas da história dessa polícia militar racista do Rio de Janeiro. No seu discurso de posse, Castro elogiou a Polícia Militar e a Polícia Civil, com uma demagogia e um cinismo cruéis, dizendo que seu governo tem os melhores índices de segurança pública. Seu governo, assim como a polícia, seja militar, civil ou federal, estão manchados por violência, repressão e sangue negro e trabalhador!

Toda solidariedade à família de Dierson! Seguiremos na luta defendendo que somente investigações independentes poderão impor justiça a Dierson e a tantos outros jovens e trabalhadores mortos pela polícia, como Lorenzo de 7 anos no fim do ano passado, Genivaldo, ou mesmo Marielle Franco e Anderson em 2018.

Para combater a extrema direita, o governo Castro e a violência policial, precisamos confiar na unidade e na força independente da nossa classe, a classe trabalhadora, aliada aos movimentos sociais. Não podemos confiar na conciliação de classes como fez o PT com o governador do Rio de Janeiro, que se alia com políticos e figuras asquerosas como o próprio vice-presidente Alckmin que liderou operações policiais de repressão e morte quando governou São Paulo. Para arrancar justiça a cada uma das mortes que vemos cotidianamente nos morros, favelas e periferias do país, é preciso defender a independência de classe e os interesses das mulheres, dos negros e de nossa classe, nos autoorganizando para contraatacar numa luta pelo fim de toda opressão ao povo negro no Brasil.

Dierson, presente!”

Leia mais: “Cláudio Castro promove um governo de chacinas e tem a cara de pau de reivindicar as mulheres em seu discurso”, diz Carolina Cacau




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias