×

Sindicalismo combativo | Chapa 2 vence as eleições sindicais do Metrô-SP contra chapa do PCdoB, PT, do PSB de Alckmin e da UP

Com 56,5% dos 4 mil votos, a Chapa 2, integrada pelo Nossa Classe junto ao PSTU e correntes do PSOL, com um programa de independência de classes e contra a conciliação, derrotou a burocracia sindical nas eleições para o Sindicato de Metroviários de São Paulo. Uma grande vitória que fortalece a luta pela base do conjunto da classe trabalhadora contra a extrema-direita e os ataques dos capitalistas.

sábado 3 de setembro de 2022 | Edição do dia

As eleições do Sindicato dos Metroviários de São Paulo acabaram na madrugada de hoje (3) dando uma vitória histórica para a chapa de unidade da esquerda contra a burocracia sindical. Essa vitória fortalece a luta do conjunto da classe trabalhadora.

A burocracia sindical do PT/CUT e PCdoB-PSB/CTB veio de defender aceitar a retirada de direitos, arrocho salarial e os ataques da empresa no ano passado. É essa mesma burocracia que manteve uma verdadeira trégua contra Bolsonaro e seus ataques, separando e isolando as lutas, sempre desviando-a para a conciliação de classes com as eleições de Lula-Alckmin. Lamentavelmente, ao invés de construir uma unidade classista e de esquerda contra a conciliação com a direita, a Unidade Popular de Leonardo Péricles, seguindo sua tradição de conciliação de classe stalinista, optou por compor a chapa dessa burocracia e até mesmo do PSB de Alckmin.

Nessas eleições, estava em jogo se o sindicato estaria sozinho nas mãos da burocracia conciliadora, em um momento em que é uma necessidade para nossa classe encontrar um caminho para enfrentar a extrema-direita bolsonarista que veio massacrando a nossa classe nos últimos anos, e também a direita tradicional e os governos que nos estados aplicaram ataques contra os trabalhadores, como fez Doria em SP.

Nesse contexto, o Movimento Nossa Classe, impulsionado pelo MRT junto a independentes, foi parte da defesa de uma chapa unificada das forças da esquerda contra a burocracia sindical (que você pode ver mais nessa nota aqui e no ED 5 min.). Essa chapa se conformou integrada pela Resistência/PSOL, com a candidatura de Camila Lisboa como primeira mulher presidente do sindicato, pelo PSTU, com a candidatura de Narciso como vice-presidente, e outras correntes do PSOL, como CST, LS e MES, além do Movimento Nossa Classe. E com um programa de independência dos patrões e do governo que vier a ser eleito, qualquer que seja, e contra a política de conciliação da classes, em defesa da mobilização independente para enfrentar Bolsonaro, o PSDB e todos os ataques.

Nesse sentido, essa é uma vitória histórica, pois deixa nas mãos dos trabalhadores o sindicato de uma das categorias mais estratégicas do país, capaz de parar uma das maiores cidades do mundo, e com um programa de independência de classe, que também defende a mais ampla democracia sindical de base, a rotatividade dos dirigentes liberados contra a burocratização, a unidade da categoria com a população; a efetivação dos terceirizados sem necessidade de concurso público; a luta por um Metrô 100% estatal sob gestão das e dos metroviários e controle da população; a revogação de todas as reformas e ataques que geram fome e desemprego, a exigência às centrais sindicais pela unidade da classe trabalhadora, etc. Esse programa é uma forte base para o avanço da luta da categoria, mas também do conjunto da classe trabalhadora, na batalha por sua unidade contra os ataques dos capitalistas, fortalecendo a confiança nas forças das e dos trabalhadores junto dos oprimidos contra esse sistema capitalista de miséria.

As candidaturas do MRT estiveram presentes na apuração, dando todo apoio à Chapa 2. Veja:




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias