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Covardia | Com as mãos sujas de sangue Nunes e canalhas como Holiday aprovam Sampaprev 2

Faltavam pouco minutos para meia-noite nessa quarta-feira 10/11 quando os vereadores da cidade de São Paulo aprovaram o Sampaprev 2 do prefeito Nunes (MDB). A segunda, e, ainda pior versão da reforma da previdência municipal, que irá empurrar pra miséria e fome aposentados. Mas não sem antes reprimir e ferir covardemente trabalhadores e aposentados que defendiam seus direitos. As pautas desse PLO-07 são manchadas com sangue do corajoso funcionalismo municipal, que mais uma vez precisou sair às ruas para defender direitos elementares, da ganância e sede de lucro e ataques daqueles que governam para os ricos e para manter e aprovar seus próprios privilégios.

quinta-feira 11 de novembro de 2021 | Edição do dia

Imagen: Sindsep e Divulgação

Como já havia acontecido em 2018, quando a primeira versão do Sampaprev foi aprovada, para aprovar sua segunda e mais cruel versão o governo precisou reprimir covardemente os bravos trabalhadores municipais, que expressavam toda sua indignação e disposição de não esperarem quietos e dóceis um ataque como esse. Eram professoras, enfermeiras, agentes de saúde e trabalhadores do serviço funerário que estiveram na linha de frente durante toda a pandemia, se expondo, vendo seus colegas morrerem, atendendo a população que mais precisa, enquanto era negligenciada pelo negacionismo do governo Bolsonaro e pelos prefeitos e governadores, que tentaram disfarçar sua compatibilidade com a política de Bolsonaro com discursos demagógicos pró ciência, mas na prática negando EPIs básicos para os trabalhadores. E junto com professoras e professores aposentadas cheias de marcas de muitas outras batalhas travadas a vida inteira, de anos de dedicação à população. Todos há anos sem receber qualquer reajuste e vendo seus salários derreterem com a inflação, mas recebiam agora como reconhecimento de Ricardo Nunes (MDB), Milton Leite (DEM) e canalhas como Holiday, Janaina Lima (ambos do Novo) e Rubinho Nunes (PSL) um confisco de 14% em suas aposentadorias, mais anos de trabalho e adoecimento para poder aposentar e para os novos servidores a incerteza de contar com sua aposentadoria no futuro.

Mas frente a disposição de luta desses bravos servidores, apesar da atuação traidora das direções sindicais especialmente de Claudio Fonseca (Cidadania) do SINPEEM – que até cortou o som do microfone enquanto uma professora falava – ou da direção do PT à frente do SINDSEP que também atuou com métodos burocráticos e privilegiando parlamentares ou dirigentes sindicais nas falas em assembleias e não a base da categoria, o governo mais uma vez mostrou sua face e lançou sua covarde repressão para cima dos servidores ali na câmara. Foram tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo disparadas pela GCM, que equivocadamente essa que até semana passada tinha espaço nos carros de som das entidades para falar que estavam do nosso lado. Ao menos 10 servidores ficaram feridos e precisaram de socorro, entre eles uma trabalhadora mais velha com uma fratura na perna, um professor baleado com bala de borracha a queima-roupa, aposentados apavorados que até mesmo se ajoelhavam pedindo para não ser reprimidos, mas que a guarda literalmente passou por cima.

Imagens G1

Enquanto a PM e a GCM faziam seu trabalho covarde, vermes com Holiday, Rubinho Nunes e Janaina Lima, discursavam em plenário, atacando “privilegiados” aposentados que ganham R$1100,00 e que a partir de agora terão 14% de sua aposentadoria confiscada. Poucos minutos antes da meia-noite dessa quarta-feira 10/11/21 o Sampaprev foi aprovado com o voto dos vereadores golpistas, da direita, dessa corja do MBL, Vem pra Rua, todos comprometidos com os planos de ataques aos trabalhadores e os serviços públicos que compartilham Nunes, Doria ou Bolsonaro. Aposentados que serviram à população de São Paulo por décadas terão seus salários confiscados a partir de agora, todos os servidores terão que trabalhar por mais tempo para poder se aposentar, mais anos adoecendo em condições de trabalho cada vez mais precárias, e ainda conviveremos com a incerteza do futuro com um fundo de aposentadoria que poderá ser entregue à especulação pelas mãos de banqueiros.

Claro que antes desse ataque Nunes já havia garantido que a partir de Janeiro ele mesmo teria um reajuste de 46% em seu salário, já havia garantido a criação de mais 8 mil cargos comissionados e o reajuste médio de 30% em cargos de indicação política, obviamente com a aprovação dos mesmos vereadores que atacaram nossos direitos. Mas a nossa moral, dos servidores, das professoras, ATEs, enfermeiras, agentes de saúde, do serviço funerário que o governo achava que não se levantaria para lutar, é a moral orgulhosa de quem se levantou e segue de cabeça em pé mesmo com esse ataque. E que vai limpar as feridas para reconquistar os direitos e ir por mais, passando por cima dos governos, patrões e da burocracia traidora.

A covarde repressão da polícia e da GCM e a cobertura ao vivo que assistimos com Datena, a Globo, a Record que queriam denunciar a “violência” do funcionalismo – que na visão deles tentaram invadir a câmara, que a própria democracia burguesa diz que é a casa do povo – só mostra para nós que o Estado burguês é na verdade um grande balcão de negócios dos interesses dos capitalistas, patrões e da casta privilegiada de políticos da ordem que fazem de tudo para precarizar ainda mais as nossas vidas e os serviços prestados à população enquanto seguem com seus altos privilégios e seus lucros. É por isso que não podemos deixar que essa derrota nos abale. Lutamos e seguimos de cabeça erguida. Perdemos uma batalha, mas não a guerra. E para essa guerra é necessário que nós professores, ATEs, agentes de saúde, do serviço funerário voltemos aos nossos locais de trabalho e tiremos lições que nos forjem para as próximas batalhas. E a primeira lição é que precisamos seguir unidos e lutando!




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