Na manhã desta terça-feira (29), a faixa instalada pela juventude Faísca Revolucionária no corredor do setor 2 da UFRN foi autoritariamente retirada pela direção do Centro de Ciências Humanas, Letras e artes (CCHLA).
quarta-feira 30 de março de 2022 | Edição do dia
O conteúdo da faixa é a citação de Karl Marx: “Que as classes dominantes tremam com a ideia de uma revolução comunista”. A justificativa da direção para a remoção era de que se tratava de um conteúdo de protesto que não era permitido. Deixa claro que frente ao retorno presencial precário, com salas sem ar condicionado, estrutura sucateada, falta de transporte, o RU ainda fechado e auxílios de permanência bastante reduzidos, a burocracia acadêmica quer que os estudantes fiquem de cabeça baixa com a situação.
Essa ação absurda conseguiu ser revertida pelo centro acadêmico de Ciências Sociais da UFRN (CACS) após denúncia de estudantes. Não aceitamos e rechaçamos o autoritarismo da burocracia acadêmica, que fortalece os ataques de Bolsonaro, Mourão e o congresso nas universidades, nessa mesma semana que o TSE tentou censurar Pabllo Vittar após uma manifestação política no LollaPalooza.
É urgente que o DCE da UFRN, dirigido pelas correntes Juntos! e Correnteza, convoque a assembleia geral dos estudantes aprovada no conselho de entidades de base em conjunto aos Centros Acadêmicos. É necessário construir espaços de auto-organização para se mobilizar pelo retorno imediato do RU e gratuidade para todos estudantes sem precarização do trabalho na UFRN.
