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Eleições de meio de mandato nos EUA: uma votação chave para o futuro de Joe Biden

Os americanos votam pela renovação de parte do Senado e de toda a Câmara. Por que o resultado pode marcar o futuro do mandato do presidente Biden?

sábado 5 de novembro de 2022 | Edição do dia

Na próxima terça-feira, dia 8, nos Estados Unidos, ocorrerão as eleições de meio de mandato. Um terço dos 100 senadores do Senado e o total dos 435 membros da Câmara dos Deputados serão renovados.

O Partido Democrata atualmente tem o controle de ambas as câmaras, portanto, perder o controle de qualquer uma delas para os republicanos reduziria significativamente o poder dos próximos dois anos do presidente Joe Biden no cargo.

O Senado está em um empate 50/50, mas a vice-presidente Kamala Harris dá o voto de desempate. No momento, as pesquisas dão aos republicanos uma leve vantagem na renovação.

A Câmara é controlada pelos Democratas, com 222 votos contra 213. As últimas pesquisas mostram que os Democratas teriam cerca de 200 cadeiras, os republicanos 211 e há 27 em disputa.

Os estados que definirão as eleições legislativas são Arizona, Georgia, Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Nevada e Ohio, já que não há uma maioria clara de nenhum partido e em cada eleição ela tem que ser disputada até o último voto.

Por que é importante o controle do Congresso

O controle do Senado inclui o poder de aprovar os juízes dos tribunais federais, incluindo a Suprema Corte. Se os republicanos conquistarem o controle, podem bloquear as nomeações de Biden.

Além disso, ganhar o controle da Câmara dos Deputados ou do Senado abre a possibilidade de se impedir muitas das medidas que Biden e os Democratas esperam alcançar antes de 2024, quando serão realizadas as próximas eleições presidenciais.

Este não é um fato menor, de acordo com uma pesquisa de outubro publicada pela Reuters, 54% dos americanos desaprovam o presidente, uma taxa especialmente alta para um líder da Casa Branca.
Biden tem muito em jogo, em um momento em que a gestão da economia de seu governo é uma das fontes de descontentamento. A alta inflação, somada aos baixos salários, gerou uma série de protestos e greves.

Os Democratas estão usando a recente decisão da Suprema Corte contra o direito ao aborto e a figura de Trump, que domina o Partido Republicano, para fortalecer sua campanha.

Mas a chave para essa eleição é ver se os Democratas perdem alguma das Casas do Congresso, o que geraria um retrocesso e poderia paralisar as iniciativas de um governo que ainda tem dois anos de mandato.




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