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Precarização do trabalho | Estudantes fazem ato em defesa das trabalhadoras terceirizadas demitidas na UERJ

Ocorreu hoje, dia 23/08, ato em defesa das trabalhadoras terceirizadas demitidas no Hall do Queijo na UERJ. A mobilização foi organizada pela Juventude Faísca com presença da Asduerj, Centros acadêmicos de Serviço Social, Arqueologia e estudantes.

quarta-feira 24 de agosto de 2022 | Edição do dia

Nesta semana as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da UERJ entraram em aviso prévio com indicativo de demissão em massa nesta segunda-feira dia 22. Se encerrou o contrato dos terceirizados da APPA que não foi renovado com a UERJ e houve um acordo que não protege os trabalhadores entre a UERJ e a empresa. 80 trabalhadores foram demitidos, só no campus Maracanã. A Asduerj detalha o processo de licitação suspenso que pode levar, mais uma vez, à precarização do serviço de limpeza e à demissão de terceirizados na Uerj.

A maioria dos trabalhadores foram demitidos e nem metade dos trezentos permanecerão e serão recontratados pela próxima empresa. Não há nenhum prazo para isso e os trabalhadores ficarão sem pagamento de vale alimentação e transporte, terão de trabalhar mais nesse período, com sobrecarga de trabalho e sem saber quanto ganharão com a próxima empresa. No ato foi levantada a demanda para que os trabalhadores sigam na UERJ com a troca da empresa. Um estudante destacou: “É inadmissível que agora sejam demitidos e lançados à própria sorte no desemprego ou na informalidade”.

Esses trabalhadores terceirizados foram os únicos a continuarem trabalhando presencialmente na UERJ durante a pandemia, muitos deles foram contaminados, outros trabalhadores de grupos de risco tiveram seus benefícios cortados porque não seguirem trabalhando normalmente, tudo isso ocorreu sobre a tutela do ex-reitor Ricardo Lodi.

Foi fundamental um ato da juventude com os trabalhadores denunciando a precarização do trabalho que tem rosto de mulher negra. Essa situação demonstra o caráter da terceirização que dá menos salários para trabalho igual sem nenhum direito. A reitoria da UERJ é responsável por essas demissões e pela troca de empresa ter acontecido sem nenhuma garantia real para os trabalhadores. O DCE que não esteve no ato é conivente com essa situação.

Nós da Juventude Faísca nos colocamos na linha de frente no combate às demissões e retiradas de direitos que na prática expressa a fase mais cruel da terceirização que atua sistematicamente contra os trabalhadores em seus locais de trabalho. Batalhamos para acabar com esse modelo pela incorporação das trabalhadoras terceirizadas sem necessidade de concurso.




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