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Fome | Fila do lixo: uma realidade diária para milhões de brasileiros

’Vamos almoçar o frango que peguei no caminhão ontem’ disse em entrevista, a cearense que a um ano era fotografada na fila do lixo no Bairro Cocó, onde catava comida em um caminhão de lixo. Jocasta Batista dos Santos tem 31 anos e ainda não conseguiu emprego, vive em um JK com as três filhas. Está desempregada, ela relata que ainda depende do que acha nos caminhões. Em pesquisas realizadas em julho, no Brasil soma cerca de 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer diariamente, e quase um terço dos brasileiros tem menos de meio salário mínimo para passar o mês. O contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país.

sexta-feira 7 de outubro de 2022 | Edição do dia

Bolsonaro, o agronegócio e os capitalistas são os responsáveis por essa situação de fome e insegurança alimentar no país. Para superar a crise, é necessário que o reajuste automático do salário conforme a inflação seja uma bandeira de luta da classe trabalhadora e de suas organizações sociais e sindicatos, assim como a divisão da jornada de trabalho entre desempregados e empregados, sem redução do salário. Para isso, é imprescindível a revogação da reforma trabalhista, herança do golpe institucional, que Lula e o PT apontam desde já que não revogarão.

Diante da fome que atinge milhões não podemos pensar em nada além de expropriar as multinacionais da alimentação sob controle operário. Os bilionários e milionários em nosso país enriquecerem até mesmo na pandemia, quando milhares morriam enquanto a população sofreu todas as suas consequências. Agora com o aumento do preço dos combustíveis o impacto nos alimentos é enorme e aprofunda a situação de fome que fez o Brasil ver as filas do osso, a população morrendo pela fome, comendo no lixo ou morrendo por cozinhar com álcool sem poder comprar um botijão de gás. Essa situação aumenta ainda mais o papel criminoso das burocracias sindicais que não fazem absolutamente nada frente a essa situação. Por isso, para enfrentar a fome é preciso não somente o congelamento imediato dos preços dos alimentos, mas a expropriação sob controle operário das fábricas e multinacionais da alimentação combinando isso com a luta por uma reforma agrária radical para enfrentar o agronegócio.

Para implementar essas saídas precisamos unificar e mobilizar nossa classe em aliança com a juventude e oprimidos, com esse programa que aponta uma saída de independência de classe, e não de acordo com os interesses do capital como a Chapa Lula-Alckmin, mas sim a serviço da classe trabalhadora, é que pode derrotar o bolsonarismo e assegurar uma vida digna e sem miséria.




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