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CORONAVÍRUS | Instituto Butantan recebe insumos chineses para novas doses da vacina Coronavac

A carga de 5,4 mil litros do insumo para a produção das vacinas Coronavac chegaram em campinas no dia 3. Segundo o IB a quantidade é referente a produção de novas 8,6 milhões de doses que deve se iniciar nesse sábado (6) e com disponibilização para a população em 23 de Fevereiro.

João SallesEstudante de História da Universidade de São Paulo - USP

sábado 6 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Além dessa remessa, há previsão de novo recebimento do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) na quarta (10) na quantia de 5,6 mil litros, suficientes para mais 8,6 milhões de doses e também a negociação para liberação de mais 8 mil litros da matéria-prima.

A meta do Governo do Estado é produzir através do contrato junto ao Ministério da Saúde entre 46 e 54 milhões de doses disponibilizadas para todo Brasil através do Programa Nacional de Imunizações.

A carga chegou ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e contou com a presença do Governador de SP João Doria (PSDB),do secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Apesar de toda demagogia de Doria em torno da “Guerra das Vacinas”, dizendo ser opositor da política negacionista e genocida de Bolsonaro em relação a pandemia da covid-19, fica escancarada a contradição sendo que SP é um dos Estados onde mais ocorreram casos e mortes, onde temos visto uma nova crescente de contágios, novas variantes do vírus no país e ainda sim um plano de retorno presencial das aulas com ameaça aos professores que protestam e falam até mesmo em greve contra esse retorno.

Dentro da própria USP recentemente as trabalhadoras e trabalhadores da saúde, linha de frente durante a pandemia, do Hospital Universitário paralisaram exigindo que fossem garantidas vacinas para todos do Hospital: Efetivos, terceirizados e residentes. Após dias de luta, com atos na frente do hospital e cobertura da mídia foram capazes de arrancar da superintendência do HU, da reitoria e do Governador as vacinas necessárias para garantir que mais nenhum funcionário morra por adoecer em seu local de trabalho.

Isso leva também a reflexão sobre o plano de imunização em si, completamente irracional e seguindo os interesses dos grandes capitalistas e das indústrias farmacêuticas que especulam e lucram com nossas vidas e mortes, gerando uma desigualdade no abastecimento mundial de vacinas e que não nos apresenta outra opção senão esperar até que possamos ser vacinados. Isso enquanto setores da burguesia, hospitais privados e afins possuem liberação para compra direta do imunizante, ou seja: Quem puder pagar (e pagar caro) receberá a vacina antes daqueles que teoricamente teriam prioridade!

É urgente se apoiar no exemplo de força e luta dos trabalhadores do HU, para que contagie o conjunto dos trabalhadores para que tomem em suas mãos os rumos e os planos da vacinação no país, exigindo a quebra das patentes, a nacionalização das grandes farmacêuticas e a publicação de toda pesquisa referente as vacinas para a população, de modo a garantir que haja vacina para todos e que sua produção e aplicação sejam voltadas para um combate eficaz e eficiente da pandemia, visando salvar vidas e não os lucros dos grandes capitalistas.




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