Dura na queda, a cantora nos deixou na tarde desta quinta-feira (20/01) no Rio de Janeiro, aos 91 anos, por causas naturais, segundo o comunicado de sua assessoria. Sua voz marcante e sua luta frente às mazelas e opressões da vida ficarão eternamente gravadas.
quinta-feira 20 de janeiro de 2022 | Edição do dia
Foto: Divulgação
"É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais", foi o comunicado enviado pela assessoria de Elza.
Letícia Parks, professora e membra do coletivo de negras e negros Quilombo Vermelho, lembrou da luta antiracista em que Elza sempre foi uma das vozes mais ativas:
Ela eternizou nossa denúncia na sua voz inesquecível. Ela fez de cada música um grito por uma vida livre de racismo e toda opressão. Elza Soares vive nos que continuam seu grito. #elzasoares pic.twitter.com/LtlgQptuDo
— Leticia Parks (@letparks) January 20, 2022
A força de Elza Soares vai muito além das músicas. Elza sofreu na pele desde sua infância até sua vida adulta o que é ser mulher negra no Brasil. E deixou registrado em suas obras todos os dissabores, lamentos e dores mas também a revolta e a busca por superar esse estado de coisas.
Elza deixa um legado enorme na arte e na luta implacável contra todo tipo de opressão. "A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”, assim encerra a nota da assessoria de Elza.
“Eu vou cantar até o fim
Eu sou mulher do fim do mundo
Eu vou, eu vou, eu vou cantar, me deixem cantar até o fim”