Nas últimas semanas, o país passou por diversos casos absurdos de machismo e misoginia, em que as mulheres não tem o direito de abortar, de colocarem para adoção ou sequer parir. Isso sem mencionar as piores condições de trabalho e salários.
segunda-feira 11 de julho de 2022 | Edição do dia
Tomamos conhecimento de mais um caso de violência por estupro, com flagrante incontestável feito por funcionários do Hospital da Mulher Heloneida Studart em Vilar dos Teles na cidade de São João de Meriti, por meio de vídeo gravado de um celular na sala de cirurgia, enquanto a vítima passava por procedimento de cesárea.
O criminoso estuprador, misógino e asqueroso se chama Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista de plantão no hospital, onde os trabalhadores do local já vinham desconfiando de seu comportamento onde mais de uma paciente vinha recebendo doses altas de anestesia.
A pré-candidata a deputada estadual pelo MRT comentou o caso:
É de revirar o estomago as imagens do médico q estuprava pacientes durante o parto, nem numa mesa de cirurgia estamos seguras, é o retrato do país q persegue quem optou por não ter filhos e comete violência com as q estão parindo. Violência estimulada pelo bolsonarismo +
— Carolina Cacau (@carolina__cacau) July 11, 2022
O vídeo gravado flagra o médico colocando seu órgão sexual na boca da paciente indefesa que estava sedada. Foi através dessa constatação que a delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, se dirigiu ao hospital e por vídeo gravado deu a voz de prisão ao médico estuprador.
Porém, mesmo com indícios de que o médico responderá ao caso, não podemos ter esperança nesse judiciário que, há poucas semanas, queria que uma menina de 11 anos tivesse um filho, fruto de um estupro. Para mulheres e grupos minoritários a normatização de crimes e diminuição de sua importância seguem nesse sistema patriarcal, onde a mulher continua sendo vista como objeto de agressões de diversas formas apenas por ser mulher.
Os ataques de estupradores e assediadores não podem continuar, atos que recebem aval do próprio presidente desde o dia em que Bolsonaro atacou a ainda hoje deputada federal Maria do Rosário (PT), dizendo que não a estuprava pois ela não merecia, no ano de 2003, e isso se soma a diversos outros ataques de assédio e misoginia onde o currículo desse nojo de presidente vai longe. Basta de governo de criminosos misóginos e todo apoio às mulheres que lutam pelo mínimo, que é a igualdade de direitos dados aos homens e um basta de agressões.
Também comentou o caso a Letícia Parks:
Giovanni Quintella estuprou mulheres grávidas a menos de 1 metro de colegas, uma coragem que nasce do fato de que um misógino governa o país. É preciso uma investigação independente sobre os crimes desse "médico" e uma luta nas ruas contra essa e todas as violências obstétricas.
— Leticia Parks (@letparks) July 11, 2022