Nas últimas semanas deste ano nós vimos a forte disposição de luta dos terceirizades nas universidades federais do país, onde após os últimos cortes de Bolsonaro na educação, os efeitos chegaram quase que instantaneamente nos setores mais precarizados como os tercerizades e bolsistas. Na UFMG, os terceirizades arrancaram seus direitos com muita luta, mostrando que é possível e preciso lutar pelo que parece impossível. Isso é importante porque o mundo que sonhamos não está no horizonte, no futuro, mas sim no agora, ele é construído diariamente por trabalhadores, estudantes, mulheres, negros, LGBTQIAP+, PCDs, batalhões engajados e combativos de revolucionários que se propõe a atuar para que esse mundo venha a existir. Temos a consciência de que essa tarefa não é fácil, tampouco breve, mas nem todo chantilly, doces, conseguem disfarçar a miséria que o capitalismo tenta nos vender, principalmente na época das festas. Não é novidade que todes sentimos as marcas da exploração da sociedade capitalista nos nossos anos de juventude, em meio a tristeza e indiferença os nossos desejos de felicidade ficam cada vez mais distantes, às vezes tão distantes que paramos de sonhar no que poderia ser viver uma vida livre de toda exploração. Ainda assim, encontramos momentos de felicidade, como recentemente quando estivemos ao lados dos trabalhadores terceirizades cantando, pulando e aprendendo e, apesar de todas as mazelas que nos brinda o capitalismo, sonhando com outro sentido em uma sociedade livre dos limites e dos grilhões que nos aprisionam hoje.
Uma das importantes lições que Trotski nos deixou é consciência de que “a primeira qualidade de um autêntico partido revolucionário é saber olhar a realidade de frente”. Nós tomamos isso como princípio para ação, olhamos para nossa realidade e vemos a classe trabalhadora sendo constantemente esmagada para que parasitas sigam lucrando. Enxergamos, com ódio nos olhos, uma extrema direita que segue pulsante após a derrota eleitoral, a realidade de reformas que despejam toda crise capitalista em nossas costas. Talvez o que nossos opressores não saibam é que também é realidade que não cessaremos, não recuaremos, não calaremos, enquanto não tivermos todos os estudantes e trabalhadores construindo um mundo que caiba a cada um de nós. Até que este mundo esteja finalmente feito, não descansaremos. Por isso, neste final de ano, desejamos que todos nossos desejos de felicidade sejam atingidos, celebremos então com um brinde: PAZ ENTRE NÓS, GUERRA AOS SENHORES!
Morte ao capitalismo! Venceremos!
Comentários