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CHAMADO | O Comitê de Apoio à greve da MRV pode ser ponto de apoio por uma chapa unificada ao DCE Unicamp

Nesta semana, terá início o processo de inscrição de chapa para o DCE Unicamp. Diante de Bolsonaro, Mourão e de todos os setores que atacam a juventude e os trabalhadores, queremos, com este chamado, propor a conformação de uma chapa comum a todes que vêem o desafio de fortalecer o movimento estudantil, e particularmente aos estudantes e organizações de esquerda que efetivamente construíram o Comitê de Apoio à greve da MRV. Achamos que essa importante experiência concreta pode ser ponto de apoio para avançarmos em discussões e acordos que culminem numa chapa unificada, para fortalecer o DCE, com o desafio de organizar o movimento estudantil.

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quarta-feira 1º de setembro de 2021 | Edição do dia

Saiba mais: O que é o Comitê da Unicamp em apoio à greve dos trabalhadores da MRV?

Há quase dois anos de pandemia, os desafios do movimento estudantil são imensos, no país do governo de Bolsonaro e Mourão, com seu ministro Milton Ribeiro que fala barbaridades sobre acesso à educação e inclusão de alunos com deficiência. Está junto ao Congresso que anuncia cortes às universidades e ataques ao futuro da juventude, como a nada "Minirreforma" Trabalhista, e ao STF que pode aprovar o Marco Temporal. Em São Paulo, Doria proibiu o 7 de Setembro, como demonstração autoritária, para deixar as ruas livres aos bolsonaristas, mostrando que não é nenhum aliado, e temos de responder com um só punho.

Portanto, as entidades estudantis seguem com o desafio de superar a fragmentação do ensino remoto e organizar o movimento estudantil pela base, com assembleias e reuniões, em aliança com os trabalhadores, apoiando-se na disposição que setores da juventude demonstraram ao ir para a rua na pandemia contra o governo e no exemplo dos indígenas que aos milhares ocuparam Brasília, com ônibus saindo da nossa universidade. Assim podemos enfrentar também os desafios de um retorno seguro na nossa universidade, da garantia da permanência estudantil e todas as nossas demandas. O DCE (Diretório Central dos Estudantes) é justamente a entidade responsável por articular estudantes de todos os institutos e faculdades, essencial para qualquer luta unificada.

Nesse sentido, reivindicamos a experiência que tivemos por cerca de um mês com o Comitê de estudantes em Apoio à greve da MRV, impulsionado a partir do CACH. Com ele, tiramos medidas unificadas para cercar de solidariedade e batalhar contra o isolamento de uma greve de 700 trabalhadores da construção civil em nossa cidade, contra a poderosa e escravista MRV - com a qual faculdades da nossa universidade têm parceria. Fomos aos piquetes, fizemos ações, colamos lambes, penduramos faixas em unidade, enquanto o DCE da Unicamp, dirigido pela UJS, fechou os olhos ao conflito. Que diferença faria se esse exemplo se desse pela nossa principal entidade? É essa a pergunta que fazemos a cada estudante e organização de esquerda que participou efetivamente dessa iniciativa, cujo exemplo foi reivindicado pelos próprios trabalhadores, que ao final arrancaram parte de suas demandas.

Achamos que o Comitê demonstrou que é possível, avançando em acordos políticos e programáticos, gerirmos o DCE de maneira unificada, para que sirva às lutas de fora da universidade, em um momento de fome e ajustes, mas também por permanência estudantil, acesso e contra os ataques de Tom Zé ao financiamento público, tendo recentemente se reunido até mesmo com o reacionário Douglas Garcia.

Por isso, nós da Faísca Revolucionária chamamos todes os estudantes e em particular esses estudantes que construíram o Comitê e que se somaram às diversas iniciativas em apoio, bem como organizações de esquerda, a debatermos profundamente qual DCE precisamos e como generalizar essa experiência no movimento estudantil da Unicamp. Nossas entidades podem ser fortes ferramentas de organização contra Bolsonaro e Mourão e também contra Doria, de maneira independente da reitoria e do Conselho Universitário, superando qualquer perspectiva de conciliação de classes que não organize a luta, como faz a majoritária da UNE (PT e PCdoB) hoje na Unicamp.




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