Em registros da ocorrência do caso que deixou 9 mortos, a polícia afirma que não tinha informações sobre mortos ou feridos na operação. Durante as 33 horas em que estiveram no complexo da Salgueiro, realizaram um disparo a cada um minuto e 18 segundos.
segunda-feira 29 de novembro de 2021 | Edição do dia
Em depoimento oficial sobre a chacina de São Gonçalo, que ocorreu na última semana, os PMs do Batalhão de operações Especiais (BOPE), afirmaram que não tiveram informação sobre mortos ou feridos.
No último final de semana a operação deixou 9 mortos, cujos os corpos tiveram que ser retirados de um mangue por moradores. Em reportagem, foi demonstrado que ocorreram cerca de 1.514 disparos de arma de fogo durante as 33 horas em que os PMs estiveram no complexo da Salgueiro. Isso resulta no absurdo número de um disparo a cada um minuto e 18 segundos.
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Demagogicamente, os policiais afirmam que os disparos foram realizados como último recurso em função do “poder bélico dos criminosos”. Segundo moradores,os policiais invadiram casas e levaram as pessoas para serem assassinadas no mangue que se encontra no interior do complexo, tendo inclusive sinais de tortura nos corpos,
Essa cena bárbara e covarde da PM e do Bope ocorre apenas dois dias depois do dia da Consciência Negra. Essa é a política genocida de Claudio Castro, como o aval e legitimação do discurso racista e genocida de Bolsonaro e Mourão, sendo o Rio de Janeiro o estado onde a policia mais cometeu chacinas, o que é parte fundamental de uma política de ataques, privatização e aumento da violência policial contra a população negra e pobre.
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