O Júri Nacional de Eleições (JNE) proclamou nesta segunda-feira (19) o professor rural e dirigente sindical Pedro Castillo como vencedor do segundo turno. De acordo com os resultados oficiais, o candidato do Perú Libre obteve 50,12% dos votos em 6 de junho, ante 49,87% de Keiko Fujimori, o que representa uma diferença de pouco mais de 44.000 votos.
terça-feira 20 de julho de 2021 | Edição do dia
Imagem: Raul Sifuentes | Getty
A posse de Castillo está prevista para 28 de julho, dia em que expira o mandato do presidente interino Francisco Sagasti e no qual o Peru comemora o bicentenário de sua independência.
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As votações tinham acabado há 5 semanas atrás. Durante esse período, o tribunal analisou e finalmente rejeitou mais de 270 pedidos apresentados pela candidata conservadora Keiko Fujimori para anular os votos de seu oponente.
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Milhares de peruanos, tanto apoiadores de Castillo quanto de Fujimori, haviam saído às ruas no dia 06/07, para protestar contra a incerteza sobre o resultado da eleição presidencial já passado um mês.
Milhares de peruanos saíram às ruas pedindo a proclamação do resultado eleitoral
Na tarde de 12 de julho, o Júri Nacional terminou a análise de todos os questionamentos feitos por Keiko e seus partidários, abrindo caminho para a oficialização da vitória de Castillo. O JNE oficialmente proclamou Castillo vencedor das eleições ontem (19), em cerimônia feita por videoconferência cinco semanas após o término da votação oficial.
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Em comunicado, Fujimori disse que “Agora temos que enfrentar juntos uma nova etapa muito difícil porque o comunismo não chega ao poder para libertá-lo, por isso querem nos impor uma nova Constituição agora. Tenho absoluta certeza de que os peruanos não permitirão que Pedro Castillo transforme o Peru em Cuba ou na Venezuela”.
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“Assim como jurei aceitar os resultados eleitorais porque é isso que a Constituição determina, hoje juro a vocês que não vou desistir e os convido a lançar uma verdadeira defesa democrática. O Peru precisa de todas as forças sociais e políticas unidas na grande tarefa de parar o comunismo. Nossa defesa está apenas começando”, acrescentou.
Nem golpismo, nem adaptação ao regime fujimorista de 1993!