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Ásia Central | Presidente do Cazaquistão contra as manifestações: "Atire para matar"

Depois de quase uma semana de manifestações, contra o aumento do preço do gás liquefeito e outros suprimentos, que foram brutalmente reprimidas, mas continuam, depois que a Rússia enviou tropas junto com países aliados para apoiar o governo, o presidente Kassym-Jomart Tokayev deu a ordem brutal para "atirar para matar sem aviso".

terça-feira 11 de janeiro de 2022 | Edição do dia

Os confrontos entre as forças repressivas e setores mobilizados da população continuam. Depois que os manifestantes tentaram tomar a casa do governo na quarta-feira, a repressão se intensificou. O saldo até esta última quinta-feira foram milhares de feridos e dezenas de mortos. Além da interferência com suas tropas da Rússia e países (antigas repúblicas soviéticas) como Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão. Todos os países que compõem a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO).

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Mas nesta sexta-feira, em um discurso televisionado, Tokayev subiu o tom de forma imprudente e anunciou a todo o país que deu "a ordem às forças da ordem e ao Exército para atirar sem aviso", acusando que "são terroristas" os que provocam as manifestações e acrescentou: "quem não se render será eliminado". Ele também anunciou a criação de um órgão interinstitucional especial que vai lidar com "a busca de bandidos e terroristas". Esta é uma mensagem clara de que Tokayev pretende realizar uma caçada real.

Segundo reportagens do jornal El País e denúncias nas redes sociais, circulam fotos de necrotérios cheios, além de imagens de repressões cometidas pelas Forças da Polícia e do Exército. Não é à toa que uma das primeiras coisas que Tokáyev bloqueou foi a internet. Isso tem o antecedente de 2020, onde o governo de Kazan decidiu limitar o direito de protestar, de se manifestar. Naquela época, Tokáyev havia declarado: "os chamados defensores e ativistas de direitos humanos se colocam acima da lei e acreditam que têm o direito de se encontrar onde quiserem e conversar sobre o que quiserem".

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Como é evidente, o país está submerso em uma crise institucional, política e social muito grande. Um país com empresas estrangeiras, de origem imperialista, no milionário negócio do petróleo. Faz-se muito importante acompanhar os acontecimentos e a solidariedade com o povo cazaque diante das ameaças de massacre por parte do governo.




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