Marcella Campos, diretora de oposição da Apeoesp, fala direto do ato unificado de grevistas da educação municipal e estadual, bem como metroviários, em BH, sobre o exemplo de mobilização e enfrentamento a Zema e Kalil que estão dando a todo o país.
segunda-feira 28 de março de 2022 | Edição do dia
O ato unificado que está acontecendo nesta segunda, 28, foi votado na assembleia de professores municipais de Belo Horizonte, com objetivo de fortalecer as greves em curso da rede municipal, da rede estadual e metroviários, após mais uma truculenta repressão de Kalil, que resultou em um professor gravemente ferido e preso arbitrariamente.
Trata-se de um ato político de repúdio a toda intransigência e repressão que tanto Zema quanto Kalil têm usado para atacar as greves, e pode potencializar as forças dos trabalhadores e trabalhadoras para derrotar esses governos e conquistar as reivindicações das categorias em greve.
Marcella Campos, diretora de oposição da Apeoesp, junto a Sérgio Araújo, professor do município de São Paulo, foram levar solidariedade aos educadores e metroviários grevistas e deixaram um recado aos professores de São Paulo e todo o país.
Marcella reforça a importância dessa luta e mobilização como um exemplo aos professores do Estado de São Paulo, que, além de toda a precarização e degradação das condições de vida impostas pelas reformas e políticas do governo de Bolsonaro e Mourão, também enfrentam os ataques de Dória e do PSDB no estado. Da Reforma do Ensino Médio, passando pelo Programa das Escolas de Tempo Integral, agora está prestes a votar na Assembleia Legislativa de São Paulo um plano de desmonte e aprofundamento da já precária carreira docente.
Enquanto os ataques tucanos em São Paulo se intensificam, a direção sindical da Apeoesp mantem uma postura exclusiva de pressão parlamentar e não organiza a categoria desde a base para enfrentar não só Dória e Rossieli, mas todos os ataques promovidos pelos mesmos políticos golpistas com os quais o PT de Bebel (Presidente da Apeoesp) se alia, com planos de voltar a governar.
Veja também: "Nova Carreira" de Doria e Rossieli esconde precarização e controle sobre professores ->https://www.esquerdadiario.com.br/Nova-Carreira-de-Doria-e-Rossieli-esconde-precarizacao-e-controle-sobre-professores]
Só o caminho da organização e unificação das lutas pode barrar os ataques, defender a educação pública e ao trabalho e salário dos professores, mostrando também ao conjunto dos trabalhadores que esse é o caminho para que não sejamos nós a pagar pela crise.
