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LULA, ENDIVIDAMENTO E OS BANQUEIROS | Recorde de lucros dos banqueiros e endividamento dos trabalhadores: legados de Lula

Após o "embate" entre Lula e Moro, na qual o juiz da república de Curitiba teve suas acusações arbitrárias rebatidas, pode-se notar a euforia dos setores petistas exaltando Lula como o herói dos trabalhadores. Entretanto, quem mais lucrou com os governos de Lula foram os banqueiros, as custas do endividamento dos trabalhadores.

sexta-feira 12 de maio de 2017 | Edição do dia

O endividamento em massa é uma realidade gritante. Estudo da Serasa Experian mostra que 27% da população com ganhos de até R$ 2 mil, tem pelo menos metade de sua renda comprometida com dívidas. Dentre estas está principalmente o cartão de crédito, empréstimo consignado, empréstimo pessoal, financiamento de automóvel, imobiliário e cheque especial.

Noutra pesquisa divulgada no inicio deste ano pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que 55,6% das famílias tem algum tipo de dívida. As famílias com alguma tipo de dívida em atraso ficou em torno dos 23%. As família que não tem como pagar suas dívidas somam cerca de 9% e as muito endividadas beirando os 14%.

Recorrendo aos governos de Lula, podemos ver que essa é parte do que a classe trabalhadora herdou do governo petista. A política de facilitação de crédito, como a redução do dinheiro que os bancos têm que deixar depositado nos bancos, resultou numa liberação massiva de reais no mercado. Em 2002, o crédito disponibilizado no país era de R$ 380 bilhões, em 2010, chegou a R$ 1,6 trilhões.

Isso se transformou em "o aumento do poder de compra dos brasileiros", ao passo que o salário médio dos trabalhadores não representou esse salto. Com o constante aumento da inflação, acompanhado do aumento dos juros, o que foi chamado de "poder de compra" dos trabalhadores, era o aumento da parte do salário que ia para o bolso dos banqueiros.

Nunca os banqueiros lucraram tanto no país. Em 2011 calculou-se em torno de R$ 200 bilhões (sem corrigir com a inflação atual, o que elevaria esse valor) nos 8 anos de Lula. Com grande parte do salário dos trabalhadores destinado aos cofres dos bancos, mesmo numa crise econômica, os bancos continuam aumentando seus lucros.

Todas as políticas que beneficiaram estes banqueiros tiveram como resultado o endividamento em massa. Vendo nos dias atuais, com um nível de desemprego brutal, aumento da terceirização, demissões em massa, a situação de uma família endividada fica ainda mais alarmante e denuncia a política entreguista que Lula teve para manter seu status de "herói do povo". Como já disse inúmeras vezes Lula, “nunca antes na história desse país, como em seu governo, os empresários ganharam tanto”.

Hoje Lula é apontado pelos petistas com a saída para a crise política que atravessa o país. Entretanto, o projeto de Lula como já mostramos acima leva adiante um pacto com os empresários, em especial os banqueiros. Não pode um governo que faz pacto com os empresários barrar uma reforma tão exigida pelos próprios empresários, como a reforma da previdência. Como afirmou Lula, somente "um governo legítimo pode aprovar uma reforma como a da previdência".

Como já apontado acima, quem mais lucraria com a eleição de Lula em 2018 são os banqueiros. Enquanto isso a classe trabalhadora amarga níveis históricos de desemprego, postos de trabalho terceirizados, podendo trabalhar até 12 horas por dia e talvez nunca mais se aposentar.

Por isso é necessário construir uma alternativa que de fato seja independente do interesse dos banqueiros e dos capitalistas, diferente do que seria um novo governo de Lula. Nesse momento de luta dos trabalhadores contra as reformas, siginifica nos organizarmos em cada local de trabalho e estudo em comitês que reúnam milhares, de modo a superar os anseios traidores de centrais sindicais ligada ao PT, como a CUT, de tornar essa luta palco para uma defesa de Lula em 2018 como solução para a crise política do país, e não como uma luta para derrotar as reformas e Temer.

Frente a essa crise política, a luta contra as reformas pode impor uma eleição de representantes dos trabalhadores para uma nova constituinte, tornando possível levantar um programa que enfrente de fato a crise que os ricos criaram, fazendo-os pagar por ela, e não os trabalhadores através de reformas contra seus direitos. Efetivar a taxação das grandes fortunas, reestatização das empresas privada, o não pagamento da dívida pública, esse o principal "rombo" no tesouro público, que só serve para enriquecer ainda mais os banqueiros perante o aumento da miséria dos trabalhadores e jovens.




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