Na manhã desta quarta-feira (13), aconteceu nova assembleia na planta da General Motors em São Caetano do Sul/SP e os trabalhadores, em decisão amplamente apoiada, decidiram pela manutenção da greve.
quarta-feira 13 de outubro de 2021 | Edição do dia
Foto: Esquerda Diário
A assembleia de hoje foi decisiva para definir os rumos da greve e contou com forte participação das e dos trabalhadores da fábrica. Com faixas e bastante indignação, os trabalhadores mantiveram sua posição e continuam em greve, em votação unânime na assembleia.
Estudantes da região do grande ABC paulista marcaram presença para demonstrar seu apoio à luta dos trabalhadores. Uma delegação de estudantes e trabalhadores da Universidade Federal do ABC (UFABC) organizados em um comitê de apoio, levaram faixa expressando solidariedade à luta dos trabalhadores que sentem na pele o esforço da patronal em descarregar a conta da crise em suas costas.
Veja aqui: Comitê da UFABC se solidariza com trabalhadores da GM
Foi possível perceber a forte adesão dos trabalhadores à paralisação, uma das maiores desde o início da luta. O sindicato dos metalúrgicos dirigiu a assembleia fazendo um informe sobre a intransigência da patronal e as propostas discutidas com seus representantes.
No vídeo abaixo, momento em que os trabalhadores votam pela manutenção da greve.
Uma das reivindicações dos trabalhadores é a manutenção da cláusula 42 do Acordo Coletivo, que garante a estabilidade de emprego aos acidentados. Justamente aqueles que mais necessitam da garantia de seus direitos, uma vez que sua condição física e mental foi prejudicada ali mesmo, dentro da planta da fábrica.
Hoje à tarde ocorrerá julgamento pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo).
Medidas anti operárias como essa que a patronal vem tentando impor aos trabalhadores são fruto de decisões políticas, articuladas entre aqueles que não estão preocupados com a mínima qualidade de vida do trabalhador.
Saiba mais: GM pede à Justiça que declare abusiva a greve de trabalhadores
A GM assim como os grandes grupos empresariais, grandes capitalistas de diversos setores, se amparam em governos como o de Bolsonaro, que abertamente vem materializando seu projeto de precarização das relações de trabalho, ficando à serviço daqueles que sem derramar uma gota de suor no chão da fábrica mantém seus lucros exorbitantes.
Nós do esquerda Diário, nos solidarizamos fortemente com todas as trabalhadoras e trabalhadores da GM, seguiremos acompanhando a greve na fábrica e ampliando a visibilidade e força da luta pela garantia de seus direitos.