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CORONAVÍRUS
Senado aprova Calamidade Pública, enquanto as medidas tomadas são para salvar os ricos
Redação

Em sessão remota, o Senado aprovou hoje (10) um decreto de Calamidade Pública para o Brasil. Enquanto isso, o Bolsonaro e Paulo Guedes tomam medidas para salvar os ricos, e os trabalhadores seguem expostos aos riscos sanitários e econômicos da pandemia.

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O decreto de Calamidade Pública permitirá uma maior liberação de recursos do orçamento federal frente à crise sanitária e financeira da pandemia do Coronavírus. Uma medida insuficiente em si só, já que as medidas que vêm sendo tomadas pelo governo não são voltadas a proteger a saúde e a integridade dos trabalhadores, muito pelo contrário.

Enquanto Guedes anuncia uma injeção de R$70 bilhões de reais para bancos e empresas, e libera renegociação de R$3,2 trilhões de empréstimos bancários já realizados, medidas que visam tão somente garantir os enormes lucros de banqueiros e empresários. Enquanto isso, autoriza a diminuição de carga horária e salário dos trabalhadores em até 50%, uma medida que diminuirá drasticamente a renda dos trabalhadores em um período de crise social intensa, deixando milhões de famílias desamparadas para manter o lucro dos ricos.

Na realidade, o que o governo e sua equipe econômica mostram é que, para eles, é mais grave os empresários diminuírem suas taxas de lucro do que o trabalhador perder suas condições de sobrevivência, nesse sistema que nos oferece uma pandemia mas é incapaz de proporcionar estrutura de saúde para combatê-la. Nada indica que este decreto de Calamidade Pública se converterá em medidas contundentes para combater o vírus e garantir a saúde da população.

É preciso um plano de emergência dos trabalhadores para resguardar nossas vidas diante da pandemia de Coronavírus e da ganância dos capitalistas. A começar por liberação imediata e remunerada de todos os trabalhadores em grupo de risco e que apresentem sintomas, proibição das demissões, testes massivos para toda a população que solicite e distribuição ampla e gratuita de materiais de prevenção (álcool gel, máscaras, etc.) às custas do Estado e das empresas.

Medidas contundentes devem ser tomadas para evitar um catastrófico cenário italiano ou mesmo pior. Se faz necessário a centralização de todo o sistema de saúde, estatizado e sob controle dos trabalhadores, para ampliar os leitos de atendimento, transformar leitos privados em públicos e aplicar recursos para abrir novos leitos emergenciais, usando toda a infraestrutura disponível, mesmo de outras áreas, como hoteis e instalações diversas. As indústrias devem girar sua produção para materiais de prevenção e hospitalares.

Toda a economia deve girar para o combate ao vírus, mesmo que contra a vontade dos governos e empresas que não se importam com as vidas dos trabalhadores. A Classe trabalhadora deve tomar esta luta em suas mãos para que não sejam os trabalhadores a pagarem por esta crise.

 
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