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De acordo com pesquisa realizada pela Serasa em parceria com a consultoria Blend New Research, a população brasileira passa por um agravamento das dificuldades econômicas.
Em novembro, constatou-se que 11% do endividamento realizado pelos brasileiros era destinado á compra de alimentos ou pagamentos considerados essenciais, como contas de luz, água e aluguel. Em 2019, o índice era de 5%.
Em um cenário de crise econômica e social, em meio a pandemia, o já insuficiente Auxílio Emergencial foi reduzido pela metade, sendo dezembro o último mês dos recebimentos, o que pode agravar ainda mais o quadro.
O estudo também destacou que 58% das dívidas que ocorreram durante 2020 são advindas de transações realizadas com o cartão de crédito. Destaca-se que as maiores taxas de juros por atraso são cobradas justamente pelo uso do crédito.
O emprego para toda a população seria o mínimo a ser garantido aos trabalhadores em momentos de crise, assim como a proibição das demissões. Porém, a unidade entre empresários e governos para aprovar inúmeros ataques econômicos aos trabalhadores, passando reformas e MPs, garantem as piores condições de trabalho para o funcionário, que realiza duplas ou triplas funções recebendo péssimos salários, e garantem enormes lucros aos patrões.
Diante do descarregamento da crise nas costas dos trabalhadores, somente a unidade de todos os explorados e oprimidos por esse sistema que visa o lucro em vez da vida, e sem nenhuma confiança que a conciliação com os setores que nos atacam é a saída, será possível avançar para que os capitalistas que criaram a crise sejam os que paguem por ela.
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