Os cortes do governo Bolsonaro nas universidades federais já está dando os seus frutos. O caso da UFMS, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, veio à tona nessa semana: a redução de 18% nos gastos em relação ao ano passado totaliza aproximadamente R$ 17,5 milhões a menos.

Se efetivados, os cortes vão recair sobre a pesquisa, bolsas de permanência, extensão e outras áreas. Segundo presidente da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), Marco Aurélio Stefanes, “Hoje são 20 mil alunos de graduação na UFMS. Pelo menos 5 mil dependem de bolsa de algum determinado tipo. Cerca de 2 mil alunos vão ficar desassistidos. Isso sem contar a pós-graduação. Tememos a evasão que pode começar a acontecer em um mês”.

Os ataques de Bolsonaro aprofundam cortes que vêm de anos, desde o governo Dilma. Com o golpe em 2016, o orçamento foi cada vez mais enxugado, chegando no ápice com o negacionismo do governo Bolsonaro e seus ministros um pior que o outro. Várias universidades estão com ameaça de fecharem as portas, escancarando o projeto de desmonte da educação pública por parte do governo.

O caso da UFMS é gritante. Três cursos já estão suspensos esse ano e não foram realizados vestibulares para as novas turmas. Esse é o caso do curso da graduação em ciências da computação, em Ponta Porã, letras em Três Lagoas e História, em Coxim. Pelo que indica a mensagem da reitoria, eles vão descarregar os cortes nas costas dos alunos mais carentes.

Está sendo chamado um dia nacional de lutas contra os cortes na educação para o 29 de maio. Confira aqui: Por assembleias com voz e voto para organizar os estudantes das federais contra os cortes!.