Foto: Adriano Vizoni / Folhapress
O massacre de Paraisópolis tem sido um campo de batalha marcado por tentativas de deixar impune os PMs que reprimiram um baile funk em Paraisópolis, levando a morte de 9 jovens, maioria negros. Além das tentativas recorrentes de travar a investigação, as primeiras investigações da Polícia Civil apontavam para a versão de homicídio culposo enquanto a Corregedoria da PM ainda tentou emplacar a cínica justificativa de que ação dos PMs no massacre de Paraisópolis teria sido em “legítima defesa”.
No entanto, as investigações mais recentes tem admitido que foram os policiais que iniciaram a chacina de Paraisópolis, através de sua operação de repressão e hoje, 12 dos 31 policiais envolvidos na ação foram denunciados hoje pelo Ministério Público por homicídio doloso, no caso, por dolo eventual, quando os agentes envolvidos assumem o risco de causar letalidade. Além disso, na denúncia também consideram haver 3 qualificações para o crime: motivo torpe, por asfixia e com recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Após o massacre, ocorreram diversas manifestações entre os moradores de Paraisópolis por justiça pelos jovens assassinados pela repressão policial. A força demonstrada é parte da luta contra a impunidade da corporação que promove cotidianamente o massacre e a violência contra a juventude pobre e negra.
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