O dia 11 de julho foi um dia de mobilizações, confrontos e repressão em Cuba, que culminou com algumas centenas de detidos, entre eles referências e ativistas da esquerda cubana que ainda não foram libertados. Os efeitos da pandemia num contexto de crise econômica e social, combinado à fenômenos conjunturais e estruturais, colocam uma complexa relação para entender o que ocorre em Cuba.
Ao mesmo tempo, no Brasil de Bolsonaro, um dos países mais atingidos e golpeados pela pandemia, a extrema-direita quer se apropriar das manifestações para fazer sua demagogia reacionária e seu discurso "anticomunista". Os efeitos do embargo imperialista, e a política reacionária dos EUA por décadas contra a ilha são fatores que impactam profundamente na crise econômica, social e política que afetam a ilha.
Ao mesmo tempo, a burocracia do PC cubano, tem adicionado ingredientes que aumentam a insatisfação social, ao passo que setores da direita cubana, inclusive em Miami, querem aproveitar a situação para o uso hipócrita da bandeira de "liberdade" e democracia".