Bolsonaro divulgou ontem em vídeo, gravado junto a reacionária Damares, mais uma vez, o projeto de lei cujo título é “Dia Nacional do Nascituro e de Conscientização sobre os Riscos do Aborto”.
O projeto assinado e encaminhado nesta quarta (21) tem como data escolhida para ser este dia nacional o 8 de Outubro, dia que a Igreja Católica utiliza como dia do Nascituro.
Na prática, Bolsonaro estaria incluindo mais uma celebração religiosa ao calendário nacional. Esta data é usada para pregações absurdas em que se bradam até contra as interrupções de gravidez já previstas por lei, como em casos de estupro e risco de vida para a gestante.
A Bancada religiosa pressiona a aprovação do Projeto de Lei 5435, que criminalizaria as mulheres até nesses caso agora permitidos.
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Estimam-se mais de um milhão de abortos todos os anos, sendo a 5ª causa de mortes maternas. São mais de 15 mil casos de complicações por aborto que chegam ao SUS todos os anos, 5 mil graves, causando mutilações e sequelas graves. Restringir ainda mais o direito ao aborto, que no Brasil só é garantido, a duras penas, em caso de estupro, anencefalia e risco de vida às mães, só vai fazer aumentar essas estatísticas.
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Chamamos o movimento de mulheres, as organizações e parlamentares de esquerda, entidades estudantis e sindicais, a colocarem suas forças para repudiar mais essa ofensiva contra o corpo das mulheres e seu direito de decidir.
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