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Ataques aos trabalhadores
CNI usa crise energética para fazer chantagem patronal e atacar trabalhadores
Redação

As indústrias vêm descarregando a crise nas costas dos trabalhadores com suspensão de contratos, lay-offs, fechamentos de plantas e demissões. Agora, a CNI ameaçando de demissão 166 mil trabalhadores no final de 2021 e aponta 229 mil outras demissões para 2022, usando a crise energética como justitifcativa. Como solução,a CNI defende subsídios para as empresas, o que passa longe de ser uma saída aos trabalhadores, que já vem sendo demitidos e atacados por empresas que há anos recebem subsídios exorbitantes dos governos.

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A CNI, porta-voz e defensora dos interesses dos capitalistas da indústria, ameaça a demissão de 166 mil trabalhadores no final deste ano em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021, demissões estas que já vem acontecendo, por uma série de fatores para além da crise hídrica, com as empresas descarregando a crise nas costas desses trabalhadores, que seguiram trabalhando e colocando suas vidas em risco durante a pandemia, garantindo os lucros bilionários das empresas, e que agora serão colocados na rua, tendo que enfrentar o desemprego, a fome, a inflação e outros problemas.

Além disso houveram diversos ataques, como a reforma trabalhista, a lei de terceirização irrestrita, a reforma da previdência e uma serie de minirreformas trabalhistas que também desoneraram as patronais e descarregaram a crise nas costas dos trabalhadores, levados adiante por todo o regime golpista, desde Bolsonaro até o Congresso, STF e governadores, e agora as indústrias querem ainda mais ataques, no marco de uma crise estrutural aberta em 2008, que vem tendo altos e baixos, mas que não consegue encontrar um novo padrão de acumulação, e que portanto são realizados todos esses ataques para garantir os lucros dos patrões.

A CNI também ameaça a demissão de 290 mil trabalhadores no ano que vem, em relação ao número de pessoas ocupadas no primeiro trimestre deste ano.

Também se calcula uma redução de R$ 7 bilhões no consumo das famílias em 2021, a preços de 2020, como o aumento dos custos de energia, o que equivale a variação negativa de 0,15%. Para o ano que vem, o efeito será de 12,1 bilhões de reais a preços de 2020, ou queda de 0,26%.

A CSI e os patrões da indústria defendem, na teoria, como saída, que haja um subsídio do Estado para cobrir os custos com energia. Mas isso é apenas na teoria, porque na prática as patronais vêm, como já comentamos, descarregando a crise nas costas dos trabalhadores, pois as demissões já vem acontecendo, sendo uma constatação disso o fato de que o nível de emprego caiu na indústria no 2º semestre por causa da eletricidade. Além disso, os subsídios não são uma saída para os trabalhadores, pois é importante lembrar que apenas o setor automotivo recebeu, entre 2000 e 2021, cerca de R$ 69 bilhões em incentivos públicos, como parte das centenas de bilhões que a indústria e outros setores receberam em isenções de impostos, desoneração da folha de pagamentos, subsídios no preço da energia e no custo de empréstimos etc. E, mesmo assim,isso não vem impedindo que uma série de ataques aos trabalhadores e demissões dos mesmos venham ocorrendo no setor.

 
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