A sabedoria popular diz que há males que não duram cem anos, e com a viúva do do ditador Pinochet não foi diferente.
Lúcia passou seus últimos dias em casa junto com a família e morreu na tarde do dia 16 de dezembro de 2021. Desde agosto ela apresentava complicações respiratórias e se internou no Hospital Militar. Não foram poucas as famílias que não puderam sequer se despedir de seus maridos, mulheres, filhos, avós, por conta da ditadura. A lista de atrocidades cometidas pelo regime militar chileno é de arrepiar a qualquer gota de humanidade e Lúcia foi peça-chave das barbaridades.
Muito além de apenas cônjuge do ditador, Lúcia era considerada como uma “estrategista política, a do poder nas sombras”, como escreve Alejandra Matus, jornalista que publicou a biografia não autorizada da ex-primeira dama.
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Lúcia teve enorme influência sobre seu marido e foi uma das pessoas que mais o influenciou na decisão em liderar o golpe de Estado sobre o governo de Salvador Allende.
Sua biógrafa também afirma que Lúcia “foi importante para que Pinochet pudesse trair seus camaradas”, destacando que ela inclusive aceitou a morte, tortura e exílio de familiares.
Veja comemorações na Praça Dignidade, em Santiago:
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