Enquanto a maioria dos trabalhadores recebe um salário de fome, há anos sem reajuste, 48 deputados decidiram aumentar o enorme salário do governador. Uma forma direta de enriquecer com a política. E é com esse salário que políticos como Tarciso (PL) irá assumir o governo de SP para seguir atacando os trabalhadores.
Veja como impactou o aumento na remuneração de cada um dos cargos, válido para 2023:
Secretários: de R$ 20,7 mil para R$ 31,1 mil
A justificativa absurda dada pelos deputados é que esse aumento teria um efeito cascata nos salários da aristocracia do funionalismo, como nos altos cargos da polícia. Uma medida que, na realidade, reforça o caráter nefasto do legislativo que aumenta seus privilégios, enquanto a professores, garis, rodoviários e tantas outras categorias seguem na miséria.
A bancada petista justificou o voto favorável com a mesma demagogia de impactar no salário de outros setores da aristocracia. Entretanto, os verdadeiros beneficiados dessa medida são os próprios bolsonaristas como Tarciso e sua base, assim como o aparato repressivo do Estado. A bancada petistas escancara a lógica da conciliação de classes, que na prática é contrária aos interesses dos trabalhadores e oprimidos e fortalece nossos inimigos.
O bolsonarista e reacionário Tarciso assumirá como governador em 2023 e, além de seu super salário, contará com o apoio da ALESP para aprovar privatizações e ataques aos trabalhadores. O caminho para enfrentar os ataques e privatizações é apostar na força dos trabalhadores, sem aliança com a direita como faz o PT. Como disse a professora Marcella Campos, militante do MRT e diretora estadual da Apeoesp:
"Está colocada uma grande tarefa para a esquerda em todo o estado de São Paulo diante do novo governo Tarcísio. Todas as medidas de articulação são importantes e devem avançar num sentido de coordenar a nossa mobilização para enfrentar o bolsonarismo e todos os ataques e reformas. Por isso, viemos participando das reuniões do Comitê de. Lutas pelas Liberdades Democráticas e Direitos Sociais, impulsionado pela CSP-Conlutas e outros setores da esquerda e consideramos que é fundamental coordenar a esquerda também para exigir que os sindicatos organizem planos de luta, junto aos movimentos sociais e estudantil, para romper de uma vez por todas com a trégua que estabeleceram há anos e agora querem fortalecer para dar maior estabilidade ao governo de Lula e Alckmin, e para enterrar o bolsonarismo e as reformas, exigindo a revogação de todas elas, trabalhista, previdenciária e do ensino médio."
Leia na íntegra: É preciso enfrentar o bolsonarismo e as privatizações de Tarcísio de Freitas em São Paulo
Arquivo/Agência Alesp