Dia 29 de Janeiro é o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti, uma data marcada pela histórica marcha realizada em Brasília, em 2004, 20 anos atrás. Nesse evento, pessoas trans e travestis lançaram a campanha "Travesti e Respeito" como parte de uma luta incansável pela garantia de direitos e contra a transfobia.

Essa data é de grande importância, principalmente no Brasil , que é o país onde mais são registrados transfeminicídios, batendo recordes há vários anos, isso sem contar a subnotificação. Esse dia reforça a importância de lutar pela garantia de todos os direitos das pessoas trans e travestis, contra a transfobia, para nos enfrentarmos com todo o reacionarismo dos anos de governo Bolsonaro, desde o golpe institucional de 2016. Sem nenhuma confiança nas instituições que nos atacam e independente do governo Lula-Alckmin, pela unidade auto-organizada de trans, travestis, trabalhadores e todos os setores oprimidos, por uma sociedade livre de qualquer forma de opressão e exploração.

Vindo dos seis anos de ataques dos governos reacionários de Temer e Bolsonaro, es LGBTs continuam enfrentando novos desafios no governo Lula-Alckmin. Este governo, com sua proposta de conciliação de classes, fortalece a extrema-direita por meio de alianças e ocupação de espaços nos ministérios, mantendo o RG transfóbico adotado por Bolsonaro, que exige a utilização de nomes mortos e a declaração de "sexo biológico". Além disso, abre espaço para absurdos, como a aprovação na câmara dos deputados da proibição do uso da linguagem neutra em órgãos públicos.

É preciso que os movimentos de mulheres e LGBTs lutem de forma independentes e ombro a ombro com a classe trabalhadora por direitos como o acesso gratuito à hormonização pelo SUS, pelo acesso irrestrito ao nome social e por um plano de emergência contra a violência sexual e de gênero!