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UERJ | A volta às aulas na UERJ: sem salários, sem elevadores, sem luz

Durante a primeira semana de aula, estudantes recém-ingressados a UERJ tiveram uma prévia de como serão seus próximos anos na universidade caso o atual panorama de descaso, proporcionados pelas gestões de Pezão e Vieralves com a cumplicidade do DCE, permaneça precarizando o ambiente de alunos, professores e terceirizados.

Daniel OliveiraProfessor municipal de Campinas

terça-feira 25 de agosto de 2015 | 01:34

A situação dos funcionários terceirizados da Universidade (aparentemente ignorada pelo diálogo entre reitoria e DCE, ocorrido em junho) continua grave. Segundo informações, os trabalhadores, mais uma vez, não estão recebendo integralmente seus vencimentos. Até agora, os funcionários terceirizados receberam apenas metade do vale-transporte e metade do ticket alimentação, tendo seus pagamentos mensais divididos em 3 vezes. Como forma de resposta a esses ataques, os trabalhadores terceirizados estão promovendo paralisações, sobretudo no Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde a situação é caótica, tamanho o descaso. Para transitar pela Universidade, as pessoas precisaram subir de escadas ou de rampa, situação incômoda para todos, mas principalmente para os idosos e deficientes físicos. A comunidade, obviamente, compreendeu a decisão dos trabalhadores, manifestando seu apoio em diversas oportunidades..

Durante as atividades promovidas para a recepção dos novos estudantes, calouras e calouros foram surpreendidos, algumas vezes na semana, pela falta de luz na Universidade. Ainda não familiarizados com tal situação, tão recorrente na Universidade, esses estudantes relutaram em acreditar naquilo que estavam presenciando. Dessa vez, aparentemente os problemas foram técnicos. Entretanto é necessário que todos saibam que o corte das luzes da Universidade é uma prática recorrente do reitor Ricardo Vieralves, em seus surtos de autoritarismo e intimidação contra os estudantes da Universidade.

O panorama de caos na UERJ precisa de uma resposta proporcional por parte do movimento estudantil da Universidade. A intensa mobilização (independente do DCE) vista há dois meses, com 15 cursos paralisados, assembleias com 800 alunos, entre jatos d’água e pedradas da segurança/reitoria contra os estudantes, precisa ser retomada. Com os salários das terceirizadas atrasados, com as bolsas estudantis inconstantes, e com os outros incontáveis problemas em nossa Universidade, o Movimento Estudantil precisa se reorganizar para responder a esses ataques. Enquanto o DCE está preocupado com a campanha para a eleição do sucessor de Vieralves, Ruy Garcia Marques, o Movimento Estudantil da UERJ deve se preocupar em dar respostas à crise da Universidade.




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