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Priatizações | Apagão em São Gonçalo e Niterói é resultado da privatização da energia elétrica

Quase 100 mil famílias de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, ainda estavam sem luz na noite de segunda-feira.

terça-feira 21 de novembro de 2023 | Edição do dia

Quase 100 mil famílias de Niterói e São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, ainda estavam sem luz na noite de segunda-feira (20), 48 horas depois da tempestade e chuvas fortes. Moradores protestaram contra a falta de luz, bloqueando ruas importantes das duas cidades. A Polícia Militar reprimiu os manifestantes usando balas de borracha.

Longe de ser um problema das chuvas, esse colapso é consequência clara da privatização da ENEL (Eletropaulo), privatizada em 2018 pelo governo João Dória (PSDB). O que acontece com a ENEL é a máxima da falácia de que a privatização melhora os serviços públicos. Não só a população de Niterói e São Gonçalo, a população de São Paulo vem sendo atingida pela precarização dos serviços públicos advindo da privatização como vimos com as várias falhas na CPTM e no Metrô e agora com a falta de energia elétrica.

Nesta segunda-feira (20), a Justiça tinha determinado que a Enel restabelecesse o fornecimento de energia em Niterói em até 6 horas, sob multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Esse prazo já expirou, mas clientes seguiam no escuro na manhã desta terça-feira (21). A Prefeitura de São Gonçalo informou que 9 postos de saúde e 15 escolas, com 4.500 alunos, não abriram nesta terça por falta de energia. Às 8h desta terça-feira (21), a Enel informou que 97% dos clientes já tinham sido atendidos, mas não detalhou as áreas ainda no blecaute. Um dos bairros ainda sem luz é o Fonseca. Comerciantes relatam prejuízos diários de R$ 15 mil por causa do apagão.

No fundo, as causas da crise ambiental e do apagão no Rio de Janeiro e em São Paulo são as mesmas e cada vez mais sofremos as consequências de eventos climáticos extremos. Já não se pode responder a esses problemas com uma atitude de surpresa cínica, como fizeram os administradores da Enel, problemas que monopólios como a Italiana Enel ajudaram a criar.

Precisamos lutar pela estatização da ENEL sem indenização, sob controle dos trabalhadores e usuários, assim como conjunto dos serviços públicos, assim como uma reforma urbana radical que responda as demandas mais sentidas da população que se repetem, como são as enchentes e desabamentos em áreas de risco.




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