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QUEDAS SEGUIDAS NA BOLSA | Após cair 12,53%, Bolsa aciona pela quinta vez no mês o circuit breaker

Após circuit breaker, bolsa brasileira manteve tendência de queda e as 11h02 operava em menos 14,2%. Dólar está em alta.

segunda-feira 16 de março de 2020 | Edição do dia

Imagem: InfoMoney

A Bolsa brasileira abriu em forte queda nesta segunda-feira, 16, e acionou, pela quinta vez em duas semanas, o circuit breaker, quando as negociações são paralisadas no mercado. Nesta segunda-feira, o mercado foi interrompido ao atingir 12,53% de queda em relação ao fechamento da última sexta-feira, 13. O patamar voltou a ficar abaixo dos 75 mil pontos - 72.321,99.

A volta das negociações, piorou a situação da bolsa brasileira, às 11h05, o Ibovespa caía 14,2%, aos 70.992 pontos.

Quando as negociações atingem queda de 10%, o primeiro circuit breaker é acionado por 30 minutos. Após o retorno do mercado, caso seja atingido 15% de recuo, uma pausa é realizada novamente, mas, desta vez, de uma hora.

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Passado esse período, se a queda ultrapassar 20%, uma nova parada é acionada. Neste caso, o tempo não é pré-determinado, e a própria B3 informa por quanto tempo as negociações ficarão suspensas. Apenas na semana passada, o sistema foi acionado por quatro vezes.

Já o dólar, depois de ter fechado na sexta-feira, com o maior valor nominal da história (R$ 4,81) - descontada a inflação -, iniciou as negociações desta segunda-feira, 16, cotado a R$ 4,97, alta superior a 3%, subindo ainda mais, para R$ 4,98, encostando na máxima histórica da moeda americana desde o Plano Real, que é R$ 5,02, alcançado na quinta-feira, 12. Depois do circuit breaker de hoje, mesmo com a baixa de juros dos EUA, o dólar comercial subiu 3,2% às 11h, valendo R$ 4,95.

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Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado acima de R$ 5, variando entre R$ 5,08 e R$ 5,15.

Os mercados globais estão em clima de tensão nesta segunda. Após o fechamento dos mercados no oriente, a maior queda na Ásia foi na Bolsa de Taiwan, com o índice TWI. Por lá, a baixa foi de 4,06% em relação ao fechamento anterior. A segunda maior foi em Hong Kong, com (-4,03%), seguido de China, (-3,40), Coreia do Sul (-3,19%) e Japão (-2,46%).

No continente asiático, o único mercado a fechar em alta, mesmo que de forma muito tímida, foi o da Tailândia, com 0,06%. Na Oceania, a Austrália teve o pior resultado do oriente do mundo, despencando 9,52%.

Na Europa, o cenário é ainda mais caótico, com recuos próximos da faixa dos 10%. Na sexta-feira, 13, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou que o velho continente é o novo epicentro da doença, causada pelo novo coronavírus, iniciada na China, na cidade de Wuhan, província de Hubei.

Mesmo com a atuação de Bancos Centrais ao redor do mundo de injetar moeda sem lastro, livrando dívidas e perdoando impostos para as grandes empresas não está sendo suficiente para impedir o pânico dos mercados.

Petróleo

O petróleo, que desde o começo da semana passada vem sofrendo quedas nos valores após uma "guerra de preços" entre Rússia e Arábia Saudita, está, nesta segunda, em queda relevante. O índice WTI, para abril, registra, às 09h04, 8,23% de queda, a US$ 29,12 o preço do barril. O Brent, para maio, tem recuo ainda maior, no mesmo horário, a (-10,16%), cotado a US$ 30,41.

O Federal Reserve (banco central americano) cortou os juros para a faixa de zero a 0,25% na segunda reunião extraordinária em duas semanas. A última vez que os juros tinham caído para esse patamar foi em dezembro de 2008.

A situação econômica global apenas detona as tendências recessivas que já vinham em maior ou menor grau latentes na economia anteriormente.

Esta situação reafirma que as respostas capitalistas que são pautadas em retirada de direitos e ataques profundos à classe trabalhadora não são soluções para a crise econômica. Pelo contrário, os aspectos estruturais desta crise são decorrentes do próprio apodrecimento do sistema capitalista que é incapaz de resolver as demandas que ele própria gera, e para manter seu sistema de exploração e opressão, tem arrastado a maioria da população a situações de miséria e violência. Em relação ao Coronavirus são os trabalhadores que já estão pagando por esta crise.

Informações: Agencia Estado




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