Sob o desgastado argumento de combate à pandemia, e sem resultados positivos pra apresentar, o presidente chileno mais uma vez estendeu o estado de emergência.
quarta-feira 9 de dezembro de 2020 | Edição do dia
Com ênfase para a convocação de uma paralisação nacional pela liberdade dos presos políticos convocada para quinta-feira, 10 de dezembro, jovens e manifestantes protestaram contra a prorrogação do estado de emergência anunciado pelo governo na semana passada.
O estado de catástrofe (uma das formas do estado de exceção) vigorará até 13 de março de 2021. Imediatamente as redes foram sobrecarregadas com o apelo à manifestação pelo fim do toque de recolher e pelo estado de exceção imposto e prolongado repetidas vezes por Piñera sob a desculpa da pandemia.
O complexo é que este estado de exceção restringe muitas das nossas liberdades e direitos, como a restrição da circulação e a imposição do toque de recolher que já implicou tanto repúdio e tantas críticas por não contemplar qualquer relação com o que seria evitar contágios.
Foi neste contexto que as manifestações da Alameda, que retornaram já na sexta-feira, foram marcadas por cartazes expressando o rechaço ao toque de recolher e ao estado de exceção, além da já instalada reivindicação de liberdade para os presos políticos da Revolta, desta vez com maior ênfase na preparação para a convocação de uma paralisação nacional pela liberdade dos presos políticos na quinta-feira, 10 de dezembro.
Tudo isso em meio a uma repressão brutal da polícia contra os manifestantes que avançavam pela Alameda em direção ao bairro de La Moneda, impedindo sua livre circulação.