×

Greve da saúde | Em Cachoeirinha, trabalhadores conquistam manutenção dos postos de trabalho ameaçados por Leite

Após cinco dias de uma forte greve, as trabalhadoras do Hospital Padre Jeremias, conquistaram a manutenção dos seus postos de trabalho ameaçados pela política privatista de Eduardo Leite e pela direção do Cardiologia, rede que administrava o hospital e abriu recuperação judicial. Agora, seguem na luta pelo pagamento das rescisões trabalhistas e dos pagamento em atraso em relação ao piso da enfermagem.

sexta-feira 5 de abril | Edição do dia

A crise na saúde pública do RS se aprofundou com a política neoliberal de Eduardo Leite e seu programa Assistir. A Fundação Cardiologia, que administrava os hospitais públicos de Cachoeirinha, Alvorada, Canoas e Viamão começou o processo de demissão em massa nos hospitais e com o aval da Justiça abriu processo de recuperação judicial para não pagar mais de R$ 40 milhões em verbas rescisórias. Em alvorada foram centenas de demitidos por e-mail. Em Cachoeirinha, a espectativa era a demissão e sequer o pagamento das verbas estava garantido.

O governo, a mídia e o prefeito de Cachoeirinha tentaram em diversos momentos colocar a culpa da falta de atendimento no hospital nas costas das trabalhadoras em greve. A verdade é que a responsabilidade do colapso do sistema de sáude é de Eduardo Leite e também do arcabouço fiscal do governo Lula que aprofunda uma lógica de arrocho salarial e privatizações. Porém, com uma luta exemplar, essas trabalhadoras do Hospital Padre Jeremias conquistaram a manutenção dos seus postos de trabalho e dos seus salários. Uma mostra de que a força da classe trabalhadora é enorme e pode derrotar qualquer ataque dos patrões e de seus governos.

A garantia da manutenção dos empregos foi dada pela nova administradora, o Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, para todos e todas trabalhadoras que queiram seguir trabalhando no hospital. Ainda assim, as verbas rescisórias seguem sem garantias e o governo Leite segue enrolando para pagar esse direito básico dos trabalhadores. Na assembleia na porta do hospital, onde foi decidido pela suspensão da greve, também aprovaram um novo piquete no domingo (07) à noite para acompanhar a transição da administração e a garantia dos empregos.

Essa importante vitória das trabalhadoras da saúde de Cachoeirinha deixa claro que Eduardo Leite é inimigo declarado da saúde pública. Assim como aponta um caminho para defender a reversão das privatizações em curso no estado e também para batalhar por um SUS 100% público sob controle dos trabalhadores e do conjunto dos usuários.

Siga acompanhando pelo Esquerda Diário




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias