Vereador reacionário que encabeça a abertura da CPI contra o Padre Júlio Lancellotti também mira ONGs e coletivos, como o Craco Resiste, que atuam junto à população em situação de rua na região central de SP.
terça-feira 16 de janeiro | Edição do dia
Imagem: Arquivo Instagram Craco Resiste
Além da CPI instaurada na Câmara dos Vereadores da capital de SP, o vereador da extrema direita, Rubinho Nunes do MBL (União Brasil), tem atacado nas redes não só o Padre Júlio Lancellotti como também os ativistas que atuam na região, dentre eles o coletivo Craco Resiste, que atua sob a política de redução de danos promovendo atividades culturais e de lazer para a população em situação de rua na região da Cracolândia.
- Post do vereador do MBL nas redes sociais
Segundo um dos ativistas da Craco Resiste, Daniel Mello, já houve uma tentativa de perseguição e intimidação quando o coletivo foi alvo de investigação policial a pedido do mesmo vereador, quando ainda era candidato pelo MBL. Segundo Daniel, a investigação durou mais de seis meses e não encontraram nada.
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Agora com a tentativa de instaurar essa CPI, a extrema direita quer legitimar seu ódio aos mais pobres e a população mais vulnerável, tentando institucionalizar ainda mais a política de guerra às drogas que serve para criminalizar ainda mais a juventude mais pobre e negra. Frente a essas ameaças e perseguições, a principal figura alvo da CPI, o padre Júlio Lancellotti já tem recebido diversas manifestações de apoio e solidariedade.
Nós, do Esquerda Diário, da juventude, do movimento de mulheres Pão e Rosas, do movimento Nossa Classe, do Quilombo Vermelho - Luta Negra Anticapitalista e do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, repudiamos veementemente as tentativas de perseguição política promovidas pela extrema direita e nos colocamos em solidariedade ao padre Lancellotti, ao coletivo Craco Resiste, e as organizações que tem sido alvo dos mais recentes ataques.