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Privatização da Carris | Empresa Viamão assume a Cia Carris demitindo em massa 89 funcionários

Octávio Marcantonio Bortoncelo, um dos sócios da empresa Viamão concedeu entrevista em outubro quando a Cia Carris foi vendida a preço de banana em um leilão fake, orquestrado pela Prefeitura de Sebastião Melo (MDB), dizendo que iria demitir em massa. Hoje, 1º de fevereiro de 2024 as demissões começam a ser efetivadas com pelo menos 89 trabalhadores no olho da rua, do dia para a noite. É preciso unir a força do conjunto dos rodoviários pela reestatização da Carris sob controle dos trabalhadores e usuários.

sexta-feira 2 de fevereiro | Edição do dia

Foto: Alex Rocha/PMPA

Alguns trabalhadores receberam a notícia no final do turno de trabalho. Um "Viamão lotado" de demitidos nesta quinta-feira (1). 89 trabalhadores perderam seu emprego entre funcionários da manutenção, limpeza, cobradores e motoristas. O empresário entrevistado em outubro falava em qualidade, mas toda a população usuária da empresa Viamão sabe o quão precários são os ônibus e os trabalhadores sabem como são mal remunerados, tudo em nome do lucro de meia dúzia de empresários que nunca embarcaram em um ônibus. Sebastião Melo (MDB) e seus comparças são os responsáveis por este plano perverso de privatização e precarização em nome do lucro dos tubarões do transporte de Porto Alegre.

Os rodoviários sofreram nos últimos anos muitos ataques como a extinção do cargo de cobrador e foram traídos pela direção do seu sindicato diversas vezes até ser aprovada a privatização da empresa. É preciso reunir forças do conjunto dos rodoviários pela base, das privadas e da Carris, como em 2014, com o apoio da população para reverter este processo de privatização e batalhar pela estatização de toda a rede de transporte sob controle dos trabalhadores e usuários, que são os que melhor sabem o que é preciso para um transporte seguro e de qualidade.

As saídas jurídicas e parlamentares pela via da institucionalidade, incluindo muitas vezes a atuação do PCdoB, PT e do PSOL que não colocaram peso nas greves e apostaram em saídas por fora da luta de classes, não surtiram efeito, é preciso apostar na luta da base pela base da categoria rodoviária. Somente a gestão operária e popular dos recursos do transporte público poderá garantir de volta os empregos e a qualidade do serviço sem o lucro astronômico dos patrões.

Por uma Carris 100% estatal e administrada pelos trabalhadores e usuários, para que os lucros não valham mais que nossas vidas!




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