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Escola de Sargentos do Exército | Governo Lula e Raquel Lyra seguem com projeto bolsonarista de Escola do Exército ecocida em Recife

Em visita a Pernambuco, o Ministro José Múcio, acompanhado pelo deputado bolsonarista Coronel Meira e pela direitista Raquel Lyra, o ministro anunciou que a construção era irreversível.

terça-feira 16 de abril | Edição do dia

Nos últimos anos, o exército veio cada vez mais mostrando sua face reacionária. Foram atores importantes no golpe de 2016, na intervenção federal do governo Temer em 2018, responsável pela morte de Marielle e no governo Bolsonaro foram um importante pilar chegando até a participação em suas tramas golpistas. No entanto, após tudo isso, para o governo Lula, aparentemente só merecem benesses.

Além do cúmulo que foi o cancelamento dos atos em relação ao golpe de 64, outra benesse que está na conta é a criação da Escola de Sargentos do Exército em Pernambuco. O projeto foi feito inicialmente pelo governo Bolsonaro em parceria com Paulo Câmara. O objetivo, à época, era fortalecer a presença militar na região onde o bolsonarismo era mais débil, enquanto Paulo Câmara, numa crise de popularidade, fazia acenos ao eleitorado mais conservador e aos próprios militares.

Além de aumentar o peso reacionário do exército na região, o projeto ainda vai cometer um ecocídio. Isso porque será instalado na Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe. A APA contém importante ecossistemas para a manutenção do clima na cidade, além também de sua importância na manutenção do Sistema Botafogo, responsável pelo abastecimento de água de mais de 1 milhão de pessoas na Grande Recife. Ou seja, um enorme ecocídio para que os militares possam morar "confortavelmente", bancados com dinheiro público, dentro de uma APA.

Apesar do combate ao bolsonarismo e a questão ambiental terem sido bandeiras erguidas por Lula na eleição, vemos agora o oposto. Afinal de contas, o governo tem sido um dos principais fiadores do projeto, passando inclusive por mobilizações que denunciavam o impacto ambiental do projeto. No dia de ontem, José Múcio, Munistro da Defesa, anunciou que a construção naquela área era irreversível. Para piorar, estava acompanhando da governadora Raquel Lyra e do deputado federal bolsonarista Coronel Meira. Este último, para terminar a apresentação, ainda disse "Também não podemos esquecer o nosso Presidente Bolsonaro, que acreditou em Pernambuco, quando lançou a pedra fundamental do projeto em 23 de março de 2022. Obrigado, Capitão!"

Esta é mais uma prova que a conciliação é o que fortalece a extrema direita. Por isso, conclamamos a mais ampla mobilização contra o projeto ecocida da Escola de Sargentos!




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