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Greve | Governo Lula nega reajuste a servidores e convoca mesa para acabar com a greve

Há quase 1 mês se iniciava a greve dos técnicos-administrativos em Educação (TAEs) de diversas universidades deflagrando greve. Os docentes dessas unidades também entrarão em greve, hoje já são 360 unidades paralisadas, em 23 dos 24 estados do Brasil.

terça-feira 9 de abril | Edição do dia

Reprodução/Fonasefe

Os servidores reivindicam recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, visto que estão sob um déficit inflacionário em seus salários desde o golpe institucional de 2016 os servidores pedem também reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes.
Também querem a revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, bem como a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

O governo Lula vai convocar nesta semana uma reunião extraordinária da mesa de negociação salarial na tentativa de conter o movimento de greve crescente destes setores. Os servidores rejeitaram proposta da ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação) de aumento dos valores dos benefícios de auxílio-alimentação, creche e saúde em 2024, que inclui ainda a promessa de reajuste salarial de 4,5% em 2025 e 2026, alegando que para este ano seria impossível por não haver “espaço fiscal”.

Esta mesa é o principal fórum de negociação do governo e tem 20 representantes indicados por mais de 40 entidades representativas das carreiras do funcionalismo, é uma tentativa de acabar com a greve, que há quase um mês ganha cada vez mais fôlego.

Dizendo não ao acordo de Dweck, o sindicato pede reajuste para este mês, ao invés de para os próximos anos. A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos não quer, alegando que só haverá reajuste depois de assinado um acordo. Professores do ensino superior federal aprovaram indicativo de greve a partir de 15 de abril.

É preciso apontar que, em relação ao governo Bolsonaro e Temer, o governo de frente ampla de Lula-Alckmin não se propõe a revogar a reforma trabalhista ou da previdência, que aprofundam o nível de precarização do trabalho e da vida. Tampouco reverteu os cortes bilionários que ameaçavam o fechamento de grandes universidades federais, como é o caso da UFRJ. Além disso, o governo de Lula-Alckmin também é responsável pelo arcabouço fiscal, que limita gastos de serviços públicos essenciais, afetando diretamente o reajuste salarial dos servidores públicos, tal como está ocorrendo agora.

É urgente expressarmos todo apoio à greve dos trabalhadores das universidades federais, pois é esse setor que sustenta as universidades. É necessário que os estudantes se unifiquem aos trabalhadores e fortaleçam a greve nas agora 360 universidades e institutos federais, para isso é fundamental que as entidades estudantis, UNE e grandes centrais sindicais, como CUT e CTB, cerquem de solidariedade essa greve nacional e fortaleçam a mobilização dos trabalhadores grevistas.




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