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Petroleiros | LUBNOR no Ceará entra em greve: por um movimento nacional contra as privatizações

Os petroleiros do Ceará entraram em greve neste hoje. Sua greve é contra mais uma privatização no sistema Petrobras que acontece em meio ao governo Lula-Alckmin. Sua ação foi acompanhada por atos e atrasos em boa parte das unidades operacionais da empresa em todo país. É necessário lutar para que os sindicatos organizem um movimento nacional contra as privatizações que culmine em um greve de todo o Sistema Petrobras.

terça-feira 27 de junho de 2023 | Edição do dia

Os trabalhadores da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) no Ceará entraram em greve neste dia de hoje (27/06). Sua greve, por tempo indeterminado, enfrenta-se com a iminente concretização da privatização da entrega deste ativo estratégico a Grepar Investimentos. Trata-se de uma refinaria crucial no abastecimento do estado nordestino e maior produtora nacional de asfaltos. A greve foi acompanhada por ações como atrasos em diversas unidades do país, tais como RECAP em Mauá-SP, RPBC em Cubatão-SP, REPAR no Paraná, REFAP no Rio Grande do Sul, entre diversas outras localidades, incluindo um ato na sede da empresa, no EDISEN no Rio de Janeiro e no Terminal Aquaviário da Baía de Guanabara (TABG) também no Rio de Janeiro.

A luta dos trabalhadores da Lubnor é um ponto de apoio para impedir novas privatizações e para reverter privatizações que aconteceram no governo Bolsonaro, bem como as privatizações que aconteceram já no governo Lula, tais como os ativos do Norte Capixaba (ES) e do Rio Grande do Norte.

Os petroleiros cearenses denunciam diversas irregularidades em mais um processo viciado e criminoso de privatização. Seja no valor aviltante da transação, na irregularidade da Petrobras alienar um terreno que pertence parcialmente à prefeitura de Fortaleza entre diversas outras irregularidades flagrantes.

É urgente construir um grande movimento nacional contra as privatizações, para retomar todos ativos privatizados nos últimos anos, não só as privatizações que estão acontecendo agora no governo Lula, como retomar as refinarias privatizadas por Bolsonaro como a RLAM, REMAN e SIX, bem como diversos outros ativos privatizados em todos últimos governos, incluindo o segundo mandato de Dilma. É preciso batalhar para que os sindicatos e as duas federações petroleiras, a FUP e FNP, organizem um plano de lutas com ações diárias e crescentes que cerquem a greve do Ceará de solidariedade, construindo uma greve nacional para impedir privatizações e retomar ativos privatizados, como parte da luta por uma Petrobras 100% estatal e geridas pelos trabalhadores como referendado recentemente em Congresso dos Petroleiros do Rio de Janeiro.

Os sindicatos organizados na FNP podem e devem cumprir um papel de linha de frente em organizar esse plano de lutas para assim mover maiores forças que possam pressionar os sindicatos da FUP-CUT e esta própria federação a ir organizando uma greve nacional. É necessário batalhar por assembleias nos locais de trabalho e ir coordenando setores em luta para avançar a constituir um comando de greve com representantes eleitos por bases mobilizadas que assim permita que os trabalhadores tomem em suas mãos os rumos do movimento para ter um forte greve contra as privatizações. Uma greve que não pode ter como norte abrir mão da luta pela manutenção dos ativos em prol de uma indenização de demissões como fez a FUP na greve da FAFEN em 2020, ou contentar-se com a mera garantia dos trabalhadores permanecerem no Estado em um escritório, como contentou-se a FUP diante da privatização dos ativos do Rio Grande do Norte.

Nós trabalhadores só podemos confiar em nossa mobilização para impedir esta privatização e reverter todas elas, unificando essa luta política com avançar demandas de direitos econômicos e trabalhistas de todos petroleiros, tais como a ação da RMNR que o STF está negando para poupar bilhões para a Petrobras mas seguir descaracterizando a periculosidade, os direitos de terceirizados que tem entrado em greve em diversas unidades, em diversas localidades e muitos outros direitos.

O Esquerda Diário e o movimento Nossa Classe se fizeram presentes no atraso acontecido hoje no TABG onde além desta solidariedade à greve no Ceará e o debate sobre os rumos do movimento os petroleiros efetivos e terceirizados manifestaram sua solidariedade aos profissionais da Educação do Rio de Janeiro em sua dura greve pelo piso salarial e contra Claudio Castro. Veja na postagem abaixo algumas fotos do ato no TABG:




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