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Argentina | Os convidados nefastos da extrema direita na posse de Javier Milei

Vários líderes mundiais da extrema direita mais nefasta estão presencialmente na Argentina para acompanhar a posse do novo presidente argentino, Javier Milei, “paleolibertário” que defende as posições trumpistas de ódio aos trabalhadores e aos setores populares. Depois de ser eleito com o discurso de “ajustar a casta política”, Milei alinha um plano de ajustes duríssimo contra a classe trabalhadora, as mulheres e a juventude. Os convidados da extrema direita vieram para prestigiar esse momento.

domingo 10 de dezembro de 2023 | Edição do dia

Entre os mais proeminentes e intimamente ligados a Milei está o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Bolsonaro é um odioso inimigo dos trabalhadores e mascote das grandes empresas e o imperialismo, tendo atacado em regra os direitos de todos os setores populares em seus anos de mandato. Agora inelegível, Bolsonaro procura desempenhar um papel na política continental e está presente para celebrar a tomada de posse do seu amigo Milei, assim como nas eleições norte-americanas de 2024 promete estar junto a Trump. Lula, que desejou prontamente “Boa sorte” ao governo de extrema direita de Milei, enviou para sua posse o seu ministro de Assuntos Estrangeiros, Mauro Vieira, sem ter ido pessoalmente.

Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, conhecido pelas suas políticas fortemente homofóbicas e autoritárias, também se encontra no país. Volodimir Zelensky, peão da política da OTAN na guerra reacionária com a Rússia, está também entre os convidados proeminentes presentes.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, outra figura de proa da extrema direita mundial, com uma política racista de perseguição aos imigrantes, que tem celebrado repetidamente a figura de Benito Mussolini, também vem celebrar a chegada de Milei à presidência.

O presidente francês Emmanuel Macron também está presente, depois de anos enfrentando mobilizações massivas em seu país contra diversos planos de ajuste e reformas reacionárias contra as maiorias populares.

A presidente golpista do Peru, Dina Boluarte, não eleita por ninguém e cumprindo um mandato para substituir o deposto Pedro Castillo, também acompanha Milei. É importante lembrar que, no ano passado, Boluarte reprimiu protestos massivos dos povos indígenas e dos camponeses peruanos contra o golpe e Estado, matando dezenas de pessoas. Luis Lacalle Pou, presidente do Uruguai e amigo íntimo de Milei, também acompanha Milei na tomada de posse presidencial.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, Guillermo Lasso, do Equador, e Narendra Modi, da Índia, também estão presentes. Já os Estados Unidos, com quem Milei sublinhou que aposta em manter a sua principal relação bilateral e de onde aposta em obter fundos para continuar a endividar a Argentina, enviou a sua secretária da Energia, Jennifer Granholm.

Esses governos, que enfrentam protestos de suas próprias populações contra seus mandatos, são um símbolo do que vem para um governo que terá dificuldades em aplicar os planos de seu estelionato eleitoral. A resistência dos trabalhadores nas ruas virá como um lembrete a Milei de que a prova real se á na luta de classes. Enquanto o peronismo concede ministros e governabilidade àquele que até pouco consideravam um “fascista”, é a esquerda argentina, como o PTS na Frente de Esquerda, junto a inúmeras organizações sindicais e de direitos humanos, do movimento de mulheres e da juventude, que estará ombro a ombro junto a todos os que buscam lutar contra este governo.




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