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Partidos oposicionistas a Lira vão ao STF contra anulação do bloco composto a favor Rossi

Arthur Lira (PP), novo presidente da Câmara, alinhado a Bolsonaro, tomou a medida de anular o bloco de partidos que formaram apoio a Baleia Rossi (MDB) numa tentativa de inscrever sua disputa política contra o candidato apoiado por Maia. Hoje, partidos desse bloco vão ao STF contra a anulação da composição, que também é formada por partidos de esquerda com grande peso parlamentar, como é o caso do PT.

terça-feira 2 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Câmara

Foram ao todo 11 partidos que anunciaram ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o primeiro ato de Arthur Lira (Progressistas-AL). Além de eleger o presidente da Câmara, o bloco de partidos iria, com seus deputados, definir a composição da Mesa Diretora da casa, grupo formado por outros seis parlamentares, responsável por tomar decisões de comando do Legislativo, questões administrativas, políticas e outras são exemplos.

Na disputa interna da Câmara, a formação de blocos é uma estratégia para distribuição de cargos, com base no tamanho de cada bloco. De acordo com a decisão de Maia, favorável à composição que apoiava seu candidato Baleia Rossi (MDB), o PT, com a maior bancada (54 deputados) tomaria a Primeira-Secretaria, responsável por gerir contratos e autorizar obras, uma posição almejada por qualquer partido e ainda mais disputada pelo tradicional Centrão do qual Lira é parte.

A ida ao STF contará com os 10 partidos que apoiavam Rossi: PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. Soma à conta o PSOL que, por não optar a uma saída genuinamente à esquerda e apostar na real luta dos trabalhadores como meio de combate ao regime, ficou entre apoiar Rossi senão no primeiro turno, no segundo.

O anúncio foi levado adiante após uma reunião na qual participaram Baleia Rossi e Rodrigo Maia, objetivamente contrários à decisão de Lira, que vem fragilizar a distribuição de cargos e poderes de decisão tanto do DEM como do MDB, partidos dos respectivos políticos. Na prático, portanto, a decisão de Lira permite que cinco das seis principais vagas da Mesa Diretora fiquem com parlamentares do seu grupo, um revés ao bloco de Rossi e uma primeira medida que expressa a luta política de Lira com o apoio que tem do Centrão e de Bolsonaro.




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