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Aumento da Tarifa em SP | Tarcísio quer que população pague o preço para manter lucro dos patrões

Tarcísio, no meio de sua cruzada pelas privatizações, que tem provocado grande resistência do funcionalismo público, expressa nas greves dos últimos 2 meses, quer aumentar o preço da tarifa do transporte público com o argumento de que o custo da manutenção dos transportes subiu e a tarifa segue congelada desde 2020. Segundo o governador, o aumento do subsídio para manter a tarifa congelada pode comprometer as verbas de outras áreas.

quinta-feira 30 de novembro de 2023 | Edição do dia

Em meio a fortes greves contra a privatização desses setores, onde um dos maiores problemas que os trabalhadores estão combatendo é o aumento do custo dos serviços para a população, é estarrecedor que o governo queira implementar mais esse ataque com a pífia justificativa de que o orçamento do estado não pode bancar o subsídio aos serviços públicos, justo na mesma semana onde reverbera a denúncia dos metroviários sobre linhas privatizadas receberem 4 vezes mais dinheiro do bilhete único transportando menos da metade dos passageiros comparado às linhas estatais, enquanto estas ficam sem verbas.

Leia sobre a diferença dos repasses entre linhas privatizadas e estatais

“Não tem almoço de graça”, diz o governador, debochando dos trabalhadores e da população. “Se a tarifa não subiu, o custo subiu. Eu tenho uma responsabilidade contratual, tenho que manter o sistema operando. Até porque as empresas públicas, CPTM e Metrô não vão ter solvência financeira se não houver repasse, e o fato de a tarifa estar congelada há muito tempo vai prejudicando a saúde financeira das empresas”, disse Tarcísio.

Tais palavras evidenciam o nível de comprometimento do governo de extrema-direita com o empresariado em detrimento da qualidade de vida da população, suas preocupações são “contratuais”, em outras palavras, prefere manter o lucro dos empresários lançando a população à miserabilidade do que remanejar os repasses do dinheiro público para manter a tarifa, que já é alta e toma boa parte do salário de milhões de trabalhadores que sim precisam pagar pelos seus almoços, contas, transportes, entre outros gastos que já são abusivos, como as contas de energia que sobem continuamente graças à privatização da ENEL. O atual governo do Republicanos, cuja atuação agora é chancelada pela sua incorporação à frente ampla do governo Lula-Alckmin, reflete uma política agressiva contra a subsistência da população, onde os lucros de bilionários são prioridade máxima e a perpetuação das desigualdades, a negligência das necessidades básicas de milhões de trabalhadores que dependem do transporte público cotidianamente são as consequências cabais desse projeto político.

Leia sobre a greve do funcionalismo público

Não satisfeito com a investida privatista, Tarcísio busca por todos os flancos maneiras de precarizar ainda mais a vida dos trabalhadores enquanto não consegue entregar de bandeja a vida da população aos interesses do empresariado. A saída dos trabalhadores contra esses ataques só pode ser a unificação das lutas de todos os servidores públicos, como tem mostrado os metroviários, ferroviários, sabespianos e os professores da rede pública unificados em uma só luta contra a terceirização, a privatização, e qualquer tentativa de precarização da vida de conjunto.




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