Amanhã, dia 30/10, a greve dos trabalhadores da Dide/MGK, metalúrgica de Americana (cidade da região metropolitana de Campinas), completa 24 dias.
Gabriel DolceMilitante do Movimento Nossa Classe
domingo 29 de outubro de 2023 | Edição do dia
A greve teve como estopim o rebaixamento do piso de contratação já praticado pela empresa, o que faz com que nenhum trabalhador atualmente, tenha aumento relacionado a cargos e salários, além de permitir que novos trabalhadores sejam contratados ganhando menos.
A empresa se mantém intransigente e não aceita negociar nenhum ponto das pautas reivindicadas pelos trabalhadores, segundo o sindicato dos metalúrgicos de Campinas e região. Além disso, a empresa tem colocado metas para que não ocorra o devido pagamento da PLR.
Em depoimento ao Esquerda Diário, um dos diretores sindicais declarou: “Através dos seus líderes, a empresa tem um histórico de lidar com os trabalhadores com hostilidade, coagindo e colocando pressão no trabalhador de forma abusiva. O atendimento no RH que deveria esclarecer e orientar é feito sempre com arrogância e hostilidade. Tem dia que o psicológico não está 100% para produzir e a empresa não entende isso. Infelizmente, a cultura dessa empresa foi sempre de oprimir e punir o trabalhador. Por exemplo, se porventura um trabalhador furar o pneu no caminho do trabalho e se atrasar ou pegar dois atestados no mês, ele perdia a cesta básica. Isso a gente conseguiu reverter através da luta do trabalhador. Hoje tem trabalhadores que tem o entendimento de que não é assim, não é essa a forma de ser tratado. Uma das reivindicações é a de o trabalhador ser tratado minimamente como ser humano. A gente luta também por dignidade dentro da fábrica”.
A greve ocorre em meio à data base da categoria e às intransigências de outras patronais, como as das autopeças que, no caso da Bosch, como de costume, chamou a polícia para a assembleia dos trabalhadores e no caso da KSPG, anunciou demissões.
Nós do Esquerda Diário, estivemos presente na porta da Dide/MDK na última sexta feira, dia 28/10 e abrimos nosso jornal para divulgar as lutas dos trabalhadores e denúncias do local de trabalho, buscando fortalecer a luta independente da classe operária contra os patrões e todos os ataques.
