×

Palestina | UFRGS e AEL/Sistemas: Nosso conhecimento não pode servir a um estado assassino.

Em abril de 2018, a UFRGS firmou parceria com a AEL Sistemas, a subsidiária da Elbit Systems, uma gigante da indústria bélica israelense. É preciso romper com qualquer acordo que a universidade possui com o estado de Israel e não permitir que o conhecimento que produzimos esteja à serviço de massacrar o povo Palestino.

sexta-feira 17 de novembro de 2023 | Edição do dia

Há mais de um mês, o estado sionista de Israel vem atacando a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e também o sul do Líbano, massacrando o povo Palestino, bombardeando hospitais, escolas, campos de refugiados, deixando milhares de mortos, sendo quase metade dos números crianças Palestinas. Pelo mundo todo, têm se levantado atos, ocupações e manifestações de solidariedade e exigências pela ruptura de relações que os governos e suas instituições possuem com o estado de Israel e de acordos de cooperação que mantém com o estado assassino.

Em 2018, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul firmou um acordo com o estado de Israel coordenado pelo reitor Rui Vicente Oppermann e o presidente da empresa AEL Sistemas Sérgio Horta, que contava com parcerias para desenvolvimento de pesquisas, desenvolvimento de produtos, ensino e extensão na área de tecnologia de defesa, abrindo portas para que pesquisas elaboradas na UFRGS estivessem a serviço da produção da AEL Sistemas, que é a subsidiária da Elbit Systems, empresa Israelense voltada para a produção de tecnologia militar, criadora do muro de Gaza, que é responsável por manter uma prisão a céu aberto aprisionando o povo Palestino em seu próprio território e também pela produção de veículos aéreos não tripulados que são utilizados para atacar o povo Palestino e provomer todo genocídio e processo de limpeza étnica que vemos acontecendo há mais de 70 anos na região da Palestina pelo Estado de Israel. Essa parceria conta inclusive com programas de estágios para estudantes de Engenharia, Ciências Contábeis, Economia e Administração. Essa iniciativa possibilita que o conhecimento que produzimos na universidade esteja à serviço de aprimorar e contribuir com a tecnologia que a AEL produz, o que em última instância serve para girar o conhecimento da nossa universidade para aprimorar a tecnologia de tanques e VANTs utilizados para massacrar o povo Palestino. Parceria essa que foi renovada em 2020, 2021 e que perdura até hoje na nossa universidade.

No ano de 2013 já havia sido feita uma tentativa de implementar um protocolo de cooperação com a universidade israelense BGU – Universidade Ben-Gurion do Negev, em Beersheva, acordo este que foi comandado por nada mais nada menos que o atual reitor interventor Carlos Bulhões, na época vice-diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas. A iniciativa foi liderada por, na época governador do estado, Tarso Genro (PT), mas foi derrubada com uma forte mobilização organizada por comunidades Árabes do Brasil, com apoio de sindicatos e movimentos sociais, que impulsionaram uma vigília na frente da empresa AEL sistemas.

Para termos uma ideia, na Feira de Oportunidades ocorrida em agosto de 2023 na Faculdade de Engenharia da UFRGS, a AEL Sistemas estava fazendo propaganda de oportunidades de trabalhar na empresa. Em 2021, a assassina AEL Sistemas estava chamando alunos da Faculdade de Economia da UFRGS para fazer estágio com eles. No final da pandemia, a UFRGS e a UFSM fizeram uma parceria com o Comando Militar Sul e a AEL Sistemas para um “curso EaD de Simulação de Combate e Blindados”, uma extensão de parceria sionista inaceitável na nossa universidade. Esses são exemplos de parcerias que nós conseguimos encontrar facilmente na internet, mas o que mais a AEL Sistemas não faz para ampliar seus tentáculos sionistas na estrutura pública? Essa empresa lucra com a morte e o horror na Palestina e ainda utiliza a estrutura de pesquisa, ensino e extensão das universidades públicas para vantagens próprias.

É preciso repudiar essas relações e por isso nós da juventude Faísca fizemos um abaixo-assinado pela ruptura das relações entre UFRGS e AEL Sistemas. Assine aqui!

No último mês têm se levantado uma forte solidariedade internacional em apoio ao povo Palestino, com massivas manifestações ao redor do mundo, denunciando a nefasta ação de Israel encabeçada por Netanyahu, contando com mais de 800 mil manifestantes nas ruas de Londres no último final de semana. Ocorreu também uma ocupação na Universidade Oriental de Nápoles (no sul de Itália), onde estudantes prestaram solidariedade e denunciaram a cumplicidade e o silêncio das instituições do governo Italiano denunciando os acordos de intercâmbio e pesquisa em diversas universidades espalhadas pelo país voltadas à colaboração ao aparato militar israelense. No Estado Espanhol também está sendo organizada uma greve estudantil em solidariedade ao povo Plaestino, programada para o dia 16 de novembro, impulsionada por sindicatos de estudantes e organizações como Contracorriente y Pan y Rosas, para exigir que pare o massacre. Nos Estados Unidos manifestantes também se somaram aos atos chegando à 100 mil pessoas nas ruas de Washington, assim como na França e na Alemanha (apesar de proibidas pelo Governo) e no Estado espanhol e em diversas cidades da América Latina como Cidade do México, Buenos Aires, Caracas, Montevidéu, Santiago do Chile, entre outras. Assim como trabalhadores ao redor de todo o mundo que têm se colocado contra o envio de armas para o estado de Israel em Barcelona, contra a exportação de carvão, metais e minérios, na Colômbia, nos Estados Unidos, trabalhadores da Amazon exigindo o fim da cumplicidade entre a empresa e o estado assassino e também bloqueios nas entradas dos portos de Tacoma e Oakland para o não envio de armas.

Não podemos aceitar que este tipo de parceria que serve pra perpetuar uma política de genocídio e limpeza étnica siga normalizada e vigente, utilizando o conhecimento que os estudantes produzem na univerdade para massacrar o povo Palestino. É urgente que tomemos o exemplo dos estudantes Italianos e do Estado Espanhol e levantemos uma forte campanha para derrubar de uma vez por todas os acordos de colaboração da UFRGS com o estado de Israel. O movimento estudantil precisa estar à frente de se solidarizar com o povo palestino, denunciar e derrubar todo e qualquer tipo de iniciativa que serve de munição para massacrar trabalhadores, mulheres, crianças e toda a população que há anos sofre com o apartheid e o massacre do estado de Israel.

Chamamos todos os CAs e DAs, assim como também o DCE a impulsionar o abaixo assinado que nós da faísca revolucionária, junto com o movimento de mulheres pão e rosas, agrupações levadas à frente pelo MRT, contra as relações que a UFRGS mantém com a empresa israelense AEL Sistemas, assim como a se somar nos atos em solidariedade ao povo Palestino e erguer uma forte campanha em solidariedade ao povo Palestino.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias