Congresso Metroviários | Tese organização da categoria: Organizar a categoria contra a privatização e a terceirização: lições das lutas de 2023 e as batalhas atuais

Em 2023 o governo de extrema direita de Tarcísio declarou guerra à nossa classe,
buscando avançar com seu projeto neoliberal, contando com o apoio do governo de
frente ampla de Lula-Alckmin por meio de verbas via BNDES. Mas, 2023 foi
marcado também pelas fortes lutas e greves da nossa categoria, respondidas com
demissões, advertências e outras punições. Nosso Congresso precisa fazer um
balanço desse processo de lutas para pensar como seguir na batalha contra os
ataques e sairmos vitoriosos.

Precisamos encarar a campanha salarial como mais uma arena da luta contra a
privatização. A terceirização está a serviço de aumentar o lucro das empresas
privadas às custas de diminuir os salários e direitos. É preciso defender a unidade
da nossa classe, iguais salários e direitos, e a efetivação dos terceirizados sem
necessidade de concurso público. Bem como seguir lutando contra todas as
punições aos lutadores e para que de fato se reintegrem os demitidos. Mas mesmo
com a ofensiva de ataques, não estamos derrotados. 

É preciso tirar lições das lutas que já travamos. As greves de 2023 mostraram
disposição da categoria, mas contaram com limites, já que as direções se adaptaram
às burocracias das centrais sindicais, que em base à política do governo de frente
ampla atuam para conter as lutas e mantê-las isoladas. O leilão da linha 7
demonstra como na mão da burocracia sindical, os ataques passam sem luta. O
nosso Sindicato não pode se subordinar ao script e papel de isolamento dessas
burocracias, como vimos na prática de setores da diretoria no ano passado. Não vai
haver um novo plano de luta sem debater as táticas e estratégias que os
metroviários tiveram em 2023 e qual caminho para derrotar Tarcísio. 

É por isso que somos um setor do Sindicato que veio batalhando pela
autoorganização, defendendo um Comando de Greve e Assembleias Unificadas,
proposta defendida por mais de 700 metroviários em 2023 e por isso que agora
estamos impulsionando junto a dezenas de metroviários um abaixo-assinado
exigindo que as centrais sindicais, CUT e CTB, saiam da paralisia e organizem a luta
contra as privatizações, com uma nova data de paralisação geral e assembleias
unificadas organizadas pela base, com comandos de greve unificados que possam
decidir os rumos da mobilização. 

– Abaixo as punições e as demissões dos que lutam contra a privatização do Metrô!
– Contratação imediata para melhor atender a população!
– Contra as concessões, privatizações e terceirizações; reestatização das linhas
privadas e metrô 100% estatal, sob controle dos trabalhadores em aliança com os
usuários! Não aos subsídios bilionários à CCR: subsídio público só para o Metrô
estatal!
– Pagamento dos Steps e equiparação salarial já! PR igualitária! Fim da avaliação
de desempenho e por critérios democráticos de carreira!
– Pelo fim dos cargos Ad Nutum e dos supersalários da direção do Metrô!

Resoluções: