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USP | Centenas de trabalhadores e estudantes fecham os três portões da USP em defesa da educação

Os três portões da Universidade de São Paulo do campus Butantã amanheceram totalmente trancados, com centenas de estudantes e trabalhadores nas portarias garantindo os piquetes como parte das ações da greve.

quinta-feira 9 de junho de 2016 | Edição do dia

Os três portões da Universidade de São Paulo do campus Butantã amanheceram totalmente trancados, com centenas de estudantes e trabalhadores nas portarias garantindo os piquetes como parte das ações da greve de trabalhadores, estudantes e professores em defesa da saúde e da educação, contra o arrocho salarial e a intransigência do reitor Zago, que na semana passada violou o direito de greve dos funcionários cortando o ponto de vários trabalhadores grevistas.

Querem impor um arrocho salarial de 7% e avançar no desmonte da universidade, em especial no Hospital Universitário (HU) da USP, além de cortes adicionais no orçamento no valor de R$370 milhões, mantendo de pé os supersalários dos funcionários de alto escalão da universidade. E, agora, Zago corta ilegalmente o salário dos trabalhadores em greve.

Os grevistas estão entregando uma carta à população expondo os motivos da greve, mostrando o que a imprensa - sedenta por ajustes orçamentários e cortes nas verbas dos serviços públicos - não quer mostrar: a paralisação da USP e a greve das universidades estaduais paulistas se insere no marco nacional de combate em defesa da saúde e educação públicas e de qualidade, contra os ajustes orçamentários do governo golpista Temer, as ameaças ao salário como o corte de ponto, e da continuada política de precarização e privatização dos serviços pelo tucanato paulista sob a batuta de Alckmin. Além disso, a defesa do Hospital Universitário contra sua desvinculação.

Assim, o fechamento da USP expressa a luta dos trabalhadores e estudantes por abrir a universidade à população, defendendo cotas raciais para que os jovens negros possam cursar a universidade e lutando pelo fim do vestibular.

A PM de Alckmin já havia entregue um interdito proibitório ontem ameaçando o legítimo direito de greve dos servidores e estudantes com multa de R$10 mil diários ao SINTUSP (Sindicato ds Trabalhadores da USP) caso faça piquetes como o de hoje (que ocorrem em dezenas de unidades dentro da universidade, inclusive no Hospital Universitário, contra a sua desvinculação da USP). Apesar de não mencionar explicitamente, trata-se de um claro aviso de repressão como diversas vezes fez a PM paulista contra as mobilizações de funcionários e estudantes na USP, de acordo com a linha política de Alexandre de Moraes, ex-secretário de segurança que agora é Ministro da Justiça no governo golpista de Temer.

Há viaturas da polícia nos três portões.

Continuaremos a cobertura da paralisação em defesa da saúde e da educação no Esquerda Diário

Atualização [10:06]:

Fomos informados que a polícia recebeu autorização para entrar no campus por meio do portão do Hospital Universitário. Até o momento, não houve repressão à manifestação.




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