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BANDEJÃO USP | Dezenas de famílias com salários cortados este mês, enquanto o superintendente viaja pelo Japão

segunda-feira 26 de outubro de 2015 | 22:39

Já denunciamos aqui a situação que ocorre nos restaurantes universitários da USP. Sobrecarga de trabalho, assédio moral, acidentes e doenças ocupacionais. Como parte de uma intensa luta buscando mais contratações e melhores condições de trabalho, os trabalhadores dos bandejões votaram e paralisaram dia 18 de setembro. Em represália à mobilização, a reitoria quer descontar o dia paralisado, num claro ataque ao direito de greve.

O ataque quer ainda dividir os trabalhadores, pois coube à SAS (Superintendência de Assistência Social) decidir quem receberia ou não o corte de ponto. Estratégia antiga adotada por administrações autoritárias, que tenta tirar dos trabalhadores o controle de sua própria luta.

A COPERT (Comissão Permanente de Relações do Trabalho), é o órgão que representa a reitoria e que negocia com os trabalhadores e o SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP) as reivindicações trabalhistas. A COPERT se nega em retroceder no corte de salário de dezenas de trabalhadores. Mas abriu uma brecha: deixou a decisão definitiva a cargo do superintendente da SAS (Superintendência de Assistência Social), o sr. Waldyr Jorge.

Waldyr Jorge acumula as funções de diretor da Faculdade de Odontologia, Superintendente do HU (Hospital Universitário) além da SAS. Só o seu salário é mais que o suficiente para pagar os trabalhadores que estão com o corte de ponto. E embora possa decidir sobre os salários dessas dezenas de pais e mães de família, Waldyr Jorge está viajando pelo Japão e não volta antes do dia 31 de outubro.

O Sindicato dos Trabalhadores da USP enviou ofício pedindo reunião com Waldyr Jorge para tratar do corte de salário dos trabalhadores, uma vez que a Reitoria se esquiva desta situação. Segundo Marcello Pablito, diretor do Sintusp "Vamos continuar nesta luta para não permitir o corte de salário dos trabalhadores, o que é um ataque a nosso direito de greve. E vamos continuar com tudo esta forte campanha contra as péssimas condições de trabalho, contra o assédio moral e por mais contratações, junto a todas as outras unidades da USP".




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